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O médico-legista responsável pelo laudo da morte da fisiculturista Renata Muggiati, em Curitiba, foi indiciado por falsa perícia. A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) confirmou o indiciamento nesta quinta-feira (12). O médico será afastado pela Polícia Científica do Paraná de suas funções no Instituto Médico Legal (IML).

Na época dos fatos, a Polícia Científica chegou a abrir um procedimento administrativo contra o médico, recomendando sua demissão. O corpo de Renata chegou a ser exumado e o exame mostrou que a vítima sofreu asfixia mecânica por vários minutos - resultado diferente da necropsia feita pelo médico-legista.

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O processo que pode culminar no desligamento definitivo está aguardando análise e parecer da Sesp. Caso a demissão seja aceita, o processo também deverá passar por uma análise do governo do estado. Mais detalhes não foram concedidos pela Sesp, pois o processo corre em segredo de justiça.

A confirmação do indiciamento aconteceu após depoimento da delegada Aline Manzatto, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação sobre o primeiro laudo de morte de Renata. O depoimento foi tomado na tarde desta quinta, no Juizado da Violência Doméstica de Curitiba, onde acontece a nova audiência de instrução do caso. Ela fez a confirmação da falsidade do laudo inicial apresentado pelo legista.

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O advogado de defesa do legista foi contatado pelo Paraná TV 2.ª edição para se posicionar sobre o indiciamento, mas ele preferiu não se pronunciar.

Relembre o caso

Renata Muggiati morreu em setembro de 2015, quando caiu do 31º andar de um prédio na região central de Curitiba. Seu namorado da época, Raphael Suss Marques, é acusado de matá-la. Os pais do acusado, Jocenir Ferreira Suss Marques e Silvia Suss Marques, também foram ouvidos nesta quinta.

O médico-legista indiciado havia emitido um laudo, após um primeiro exame, em que apontava que Renata não tinha sido asfixiada antes de cair do prédio - como foi confirmado por uma junta de peritos que refez o laudo mais tarde.

Suss Marques chegou a ser foi preso preventivamente em janeiro de 2017, depois de ter sido acusado de agredir e ameaçar a mulher com quem tem um filho. Em maio, ele foi condenado pelos crimes, recebendo uma pena de quatro meses e cinco dias de prisão. A pena foi cumprida durante o período de prisão preventiva, porém, um segundo mandado o manteve preso. Agora, ele responde em liberdade. A Justiça irá definir em breve se o Suss Marques será levado ou não a júri popular.

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