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Camada escura de poluição sobre Curitiba. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Camada escura de poluição sobre Curitiba.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Uma pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) desenvolvida em Curitiba e em seis cidades da Região Metropolitana consegue prever, com até dois meses de antecedência, a quantidade de doenças respiratórias que irão atingir a população. Para isso, o estudo estabelece a relação entre os níveis de poluição do ar nas cidades e as doenças desenvolvidas pelos moradores. O estudo partiu de uma amostragem, analisando enfermidades de 2008 até 2016.

O projeto foi realizado pelo professor de Engenharia Civil da PUCPR Fabio Teodoro de Souza e pelo aluno Matheus Bittencourt Cardoso. Segundo o professor, o estudo mostra como a crescente poluição atmosférica interfere na saúde. “A alta taxa de crescimento das grandes cidades gera desequilíbrios nos padrões atmosféricos, e isso tem consequências negativas para a saúde pública”, explica.

Entre as doenças percebidas pela pesquisa como relacionadas à poluição estão a asma e pneumonia. A ferramenta desenvolvida pelos pesquisadores utiliza dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e registros sobre os níveis de qualidade do ar divulgados pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP).

Previsão

A ferramenta de análise desenvolvida pelos pesquisadores funciona em tempo real, com atualizações assim que novos dados são incluídos nos dois sistemas. De acordo com Souza, a precisão das estimativas varia de 90% a 99% para previsões com dois meses de antecedência e de 93% a 100% para as feitas com um mês de antecedência.

Além de Curitiba, também foram analisadas as cidades de Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Colombo, Pinhais e Piraquara.

Segundo Souza, o principal benefício da metodologia de previsão é o aumento no tempo de preparação das equipes de saúde para atendimento. “Esse tempo de preparação pode ser determinante especialmente em casos de surtos de doenças respiratórias, quando a demanda de atendimentos aumenta muito”, diz.

Colaborou: Cecília Tümler

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