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Motoboys se uniram aos caminhoneiros para protestar contra o preço dos combustiveis. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Motoboys se uniram aos caminhoneiros para protestar contra o preço dos combustiveis.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Motoboys e motoristas de aplicativos se uniram aos caminhoneiros em Curitiba para protestar contra o aumento dos combustíveis na manhã desta quarta-feira (23). Cerca de 50 motoboys e motoristas de apps - como Uber, 99 e Cabify - se reuniram por volta das 8h nas proximidades da fábrica da Volvo, na CIC, e partiram em carreata em direção à Repar, a refinaria da Petrobras em Araucária, na região metropolitana.

O protesto chegou a fechar as duas pistas do Contorno Sul, mas por um breve período. Por volta de 9h10 a carreata chegou à Repar, onde as duas entradas da distribuição de combustíveis foram bloqueadas pelos manifestantes. Às 9h45, faixas da BR-476, a Rodovia do Xisto, foram bloqueadas. Apenas carros puderam transitar livremente. Quatro viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acompanharam o protesto.

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“A greve não é dos motoristas, é nacional. O importante é o apoio de todos. Chegou num momento crucial, em que os custos ficaram muito altos. As diminuições não chegam nos postos”, afirma o caminhoneiro José Francio, 55 anos, que protesta desde sexta-feira.

Edilson Reis, um dos responsáveis pela mobilização do pessoal das motos,afirmou que a classe presta solidariedade aos caminhoneiros. “Mas o preço alto da gasolina também nos afeta. Queremos que o preço baixe pelo menos um pouco para não termos tanto prejuízo”, disse Reis.

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Já Arnaldo Milki, que encabeça o grupo Coopdrive, que reúne 700 motoristas de aplicativos como Uber, 99 e Cabify, também reclamou do preço dos combustíveis. “Está complicado trabalhar. Muito motoristas pagam o aluguel do carro e ainda tem seguro, desgaste do motor. Sobra pouco para a gente com o combustível a esse preço”, comentou.

Em torno das 10h, um caminhão chegou a furar o bloqueio dos manifestantes, avançou contra pedestres e foi perseguido por uma viatura da PRF. Os policiais alcançaram o caminhoneiro e pegaram os seus dados. Caso algum manifestante quiser apresentar denúncia, basta procurar um posto da PRF.

Nas estradas

O protesto dos caminhoneiros contra o aumento no preço dos combustíveis chegou ao terceiro dia em todo o Brasil nesta quarta-feira (23). No Paraná, seguem 55 protestos nas estradas federais, mas não há bloqueio total, apenas onze bloqueios parciais. Um deles é no km 6 da BR-277, em Paranaguá, no litoral. Há interdições também em Ponta Grossa e São José dos Pinhais. Os outros são na BR- 376 (no km 158, em Mandaguaçu, e no km 189, em Marialva), e no km 213, em Mandaguari, todos no Noroeste do estado. Em todos os outros pontos de protesto, os caminhoneiros não interferem no trânsito, fazendo a manifestação ao lado das rodovias.

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