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| Foto: Gerson Klaina/Gerson Klaina

Moradores do Alto da XV, em Curitiba, reclamam do alto número de assaltos e roubos a carros na região. Segundo eles, a situação chegou a um ponto tão crítico que os criminosos já se acostumaram com a rotina de quem mora no bairro e atuam a qualquer hora do dia. Na manhã de segunda-feira (11), uma tentativa de assalto a um policial aposentado acabou em tiroteio.

A troca de tiros apenas ilustra a insegurança que tomou conta da região. Histórias de pessoas que foram vítimas de violência são comuns. Um dos moradores, que não quis se identificar, conta que já teve a casa invadida e até já levou um tiro. “Me esperaram chegar, invadiram minha casa e, depois de me balearem, fugiram com meu carro”, relembra. O assalto aconteceu no ano passado, mas ele diz ter sido vítima mais uma vez em 2017. “Pelo menos, na segunda vez, foi só o susto”.

E quem passa pelas ruas do Alto da XV não consegue relacionar as ruas tranquilas e de pouco movimento com os casos cada vez mais constantes de violência. “Recebo visita e as pessoas falam que sou sortudo em morar num lugar tão bom. Realmente, é muito bom, mas viramos um verdadeiro alvo para os assaltantes”, lamenta.

Assaltos frequentes

Segundo os moradores, só na semana passada, foram registrados pelo menos três assaltos no bairro. “Todos roubos a carros, mas varia conforme a facilidade que encontram no momento”, diz uma mulher que também não quis se identificar. “Parece até que os bandidos ficam nos analisando e sabem nossa rotina”.

Gerson Klaina/Gerson Klaina

Na última sexta-feira (8), um idoso foi abordado logo que parou o carro para esperar um parente. “Tiraram-no do carro, o agrediram e depois fugiram levando o veículo. Ninguém entendeu o motivo da agressão, ficamos todos com muito dó do idoso, que não merecia o que aconteceu”.

Mudando hábitos

A insegurança fez com que muitos dos moradores do Alto da XV mudassem alguns pequenos hábitos. Um dos vizinhos da criminalidade, por exemplo, conta que deixou de lavar o caro na calçada de casa com medo de se tornar mais uma vítima. Outros cortaram as árvores para melhorar a visibilidade. “Basicamente, tivemos que tomar medidas próprias para que não nos tornemos alvos fáceis, mas acabamos perdendo aquela coisa boa de ficar em frente de casa sem medo algum”.

Gerson Klaina/Gerson Klaina

Além disso, a maioria dos moradores instalou alarmes e câmeras de segurança. “Sem contar as grades, né? Vivemos verdadeiramente enjaulados e não dá pra depender da polícia, porque raramente uma viatura passa por aqui”, completou o morador.

Por meio de uma nota, a Polícia Militar (PM) ressaltou que tem feito patrulhamento preventivo e ostensivo. Desde o início do mês, está em andamento a Operação Natal 2017, com reforço de policiamento em toda a capital, incluindo o Alto da XV. Além disso, a unidade promove a operação Labirinto nos locais com maior incidência de crimes.

A PM também disse que está à disposição da população, por meio do telefone 190 e para denúncias pelo 181. “No entanto, quando os casos já são consumados, a responsabilidade é da Polícia Civil, que faz as investigações, ou seja, se existirem imagens ou características de suspeitos elas devem ser passadas. Além disso, se houver alguma ocorrência a pessoa precisa registrar Boletim de Ocorrência, o que embasa a readequação do policiamento”, finalizou.

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