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Polícia orienta fãs a não exporem tanto seus celulares em shows: os ladrões estão de olho. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Polícia orienta fãs a não exporem tanto seus celulares em shows: os ladrões estão de olho.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Os recentes shows de música têm atraído não só fãs, mas também ladrões de celulares a Curitiba. A ponto de a Polícia Civil infiltrar investigadores no público das duas últimas apresentações na cidade semana passada: o show do cantor britânico Ed Sheeran, na Pedreira Paulo Leminski, e o Country Festival, no Expotrade de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba. O objetivo é prender membros de uma quadrilha de São Paulo que fazem as ocorrências dispararem cada vez que vêm a Curitiba.

As duas principais ações desse grupo criminoso foram no fim do ano passado. No festival de música sertaneja Festeja, no dia 5 de novembro de 2016, no Bioparque, 160 smartphones foram levados. Já no show da banda americana Guns n’ Roses no dia 17 de novembro foram 60 celulares furtados. Normalmente, a média de celulares roubados em shows de grande porte como esses, aponta a Polícia Civil, através da Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), é de 20 a 30 casos.

O que fazer se o seu celular for roubado?

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O ponto fora da curva fez a Demafe abrir inquérito para investigar a identidade dos membros da quadrilha. No show de Ed Sheeran, quando os policiais trabalharam à paisana no público, apenas um celular foi levado. A tática se repetiu no Country Festival 2017, em Pinhais, no último sábado (27), quando a delegacia somou seis furtos de smartphones. “Acho razoável. Não está bom porque o bom é ter nenhum, mas com um público daqueles é bem razoável”, avalia o delegado-titular da Demafe, Clóvis Galvão.

A tática dos policiais infiltrados deve prosseguir em outras apresentações, afirma o delegado. Os investigadores atuam não só para tentar identificar os ladrões, mas também para inibir o foco da ocorrência, que é o descuido dos próprios donos. “O maior problema é o comportamento da vítima. As pessoas pegam o celular, olham, colocam no bolso de trás da calça e aí viram presa fácil para a ação do marginal”, explica Galvão. “Se torna um problema muito sério para a polícia quando você tem o fator de favorecimento de crime. As pessoas precisam de orientação e mudar seus comportamentos”, reforça.

Até agora, nenhum suspeito de integrar a quadrilha paulista foi preso. E eles deixam poucos rastros. Sabe-se que agem sorrateiramente, aproveitando-se dos descuidos óbvios e criando uma espécie de passa-passa com os celulares. Por isso, ao final do show, quem furta não é a mesma pessoa que leva os aparelhos embora.

De acordo com o delegado, a intenção final da quadrilha não é usar ou revender os celulares, mas retirar as peças dos aparelhos, que têm valor significativo no mercado. Portanto, o bloqueio posterior do sistema do smartphone não é suficiente para inibir este tipo de crime.

Para evitar ser mais uma vítima, fique atento:

- Guarde o aparelho em local seguro. Bolsos de calças, em especial os da parte de trás, não são a melhor opção. No empurra-empurra de gente, o furto se torna ainda mais fácil para o ladrão. Enquanto não estiver usando, deixe o celular em uma bolsa que seja possível de ser carregada na frente.

- Evite usar o celular. É difícil, mas tente aproveitar a canção preferida e não registrá-la. Selfies também não precisam ser feitas a toda hora. Deixe para usar o WhatsApp em um lugar seguro. Não fique durante o show, com muita gente ao lado.

- Foi furtado? Não esqueça de avisar a Polícia Militar ou de registrar um boletim de Ocorrência na Polícia Civil. As informações podem ajudar nas investigações sobre esse tipo de crime.

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