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Passageiros preferem utilizar outros ônibus a embarcar no Alferes Poli | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
Passageiros preferem utilizar outros ônibus a embarcar no Alferes Poli| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Com a situação da violência e invasões aos ônibus da linha Alferes Poli, a população encontrou uma linha alternativa para evitar a “linha do terror”. No caso, a solução foi utilizar a linha Guilhermina, que tem um trajeto bastante parecido, mas sem o histórico de abusos e absurdos que marcam o outro ônibus. Como ambas fazem a ligação entre a Praça Rui Barbosa e as proximidades da Linha Verde, no bairro Fanny, o Guilhermina se transformou na opção segura para quem paga normalmente a passagem.

Isso não quer dizer, porém, que os passageiros não tenham problemas por causa da troca. Uma moradora do Parolin que não quis se identificar, por exemplo, precisa fazer um caminho maior na hora de levar o filho para a escola para poder embarcar no Guilhermina. “Pra mim, era mais fácil embarcar no Alferes Poli. Pegava todos os dias principalmente para levar um dos meus filhos na escola, mas depois do que vem acontecendo, procuramos alternativas”, conta.

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Mesmo assim, ela diz preferir caminhar um pouco mais para evitar embarcar no “inferno Poli”, como apelidou a linha do terror. “Tem tráfico de drogas e muita gente já foi assaltada também. A situação é bem tensa, muito complicado”, desabafa.

Dentro do Guilhermina, motorista, cobrador e outros passageiros concordam que o ônibus se transformou na melhor opção para quem precisa seguir por esse trajeto e não quer se arriscar. “Se tirarem o Alferes Poli de circulação, o problema vai migrar para outras linhas. Até porque isso já aconteceu, há um tempo, quando tentaram tirar por uns dias”, disse um estudante, de 23 anos.

E o risco dessa migração é real, principalmente levando em conta o prejuízo dado pelo Alferes Poli. Com um grande histórico de fura-catracas, menos de 30 passageiros pagam a passagem por dia dentro do ônibus, segundo dados da própria Urbs. Em valores, o coletivo custa R$ 1,4 mil e arrecada apenas R$ 98, segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp).

Numa comparação rápida aos números do Alferes Poli, a linha Guilhermina tem cerca de 2.250 passageiros por dia e não dá prejuízos. Conforme a Urbs, essa é mesmo uma opção para quem quiser fazer o trajeto parecido com o que faz o Alferes Poli. Para os usuários que descem na Linha Verde, a outra opção também pode ser o ligeirão, que para em menos locais e, portanto, vai mais rápido.

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