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Módulo móvel da PM vai ficar por tempo indeterminado na Praça da Espanha | Henry Milleo/Gazetea
Módulo móvel da PM vai ficar por tempo indeterminado na Praça da Espanha| Foto: Henry Milleo/Gazetea

Após o Ministério Público do Paraná (MP-PR) notificar a prefeitura de Curitiba com uma ação civil pública na Justiça para que reforce a segurança na Praça da Espanha, no bairro Bigorrilho, o governo do estado determinou que um módulo móvel da Polícia Militar (PM) fique por tempo indeterminado no local a partir desta quarta-feira (17). A determinação foi expedida pelo próprio governador Beto Richa (PSDB).

“É uma medida para levar tranquilidade para a região. Seja para moradores, comerciantes ou frequentadores da praça”, afirmou o governador à Agência de Notícias do governo.

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O MP-PR notificou apenas a prefeitura de Curitiba na ação civil pública. Entretanto, a reclamação em relação à falta de segurança na Praça da Espanha não é apenas com a Guarda Municipal. Segundo moradores e comerciantes, a PM também não consegue resolver o problema constante de brigas, disputa de rachas, som alto e consumo de drogas no logradouro, em especial no período da noite.

Proposta de cercar a Praça da Espanha divide opiniões

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Como medida extrema, a ação movida pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Meio Ambiente, do MP-PR, propõe inclusive que a praça seja fechada com grades no período da noite. A proposta do MP-PR gera polêmica e divide os moradores e comerciantes que são a favor e contra a cerca em torno da Praça da Espanha.

Segundo o coronel Arildo Luis Dias, subcomandante da Polícia Militar, o módulo móvel pemanecerá 24 horas na Praça da Espanha por tempo indeterminado. “É uma área com grande circulação de pessoas, à noite e de madrugada, e a PM vai atuar na preservação da ordem e para que não aconteçam abusos”, afirma o coronel também à Agência de Notícias do governo.

Problemas

Cercada de bares e casas noturnas, a Praça da Espanha é ponto comum de encontro de jovens, principalmente nas noites entre quarta-feira e domingo. Relatos dos moradores e trabalhadores da região ao MP-PR apontam uso excessivo do local para consumo de bebidas alcoólicas, depredação e pichação dos bens públicos, roubos, furtos, perturbação de sossego, uso de som automotivo em alto volume e prática de “rachas”, além de tráfico e consumo de drogas.

Em um dos casos mais recente de briga, um universitário de 21 anos ficou gravemente ferido depois se envolver em uma confusão nos arredores. A vítima havia saído de uma festa, quando foi atingida por uma garrafa de vidro no pescoço.

Em 2015, dois jovens foram mortos em frente a um bar nas redondezas. O caso foi na madrugada de um sábado. À época, a Delegacia de Homicídios informou que um grupo de aproximadamente dez pessoas iniciou uma discussão dentro do bar. Ao saírem na calçada, um homem teria buscado uma arma no carro e atirado contra seis pessoas. Uma das vítimas morreu no local e outra a caminho do hospital. Outras três pessoas ficaram feridas.

Também em 2015, um adolescente de 17 anos foi assassinado na praça. As investigações iniciais mostraram que o autor do crime se envolveu na briga de um amigo, tomou um chute, sacou a arma e disparou. Os envolvidos estariam frequentando algum bar da região um pouco antes do crime.

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