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Protesto de servidores e aposentados não impede o atendimento na agência da Caixa na Praça Carlos Gomes. | Aniele Nascimento /Gazeta do Povo
Protesto de servidores e aposentados não impede o atendimento na agência da Caixa na Praça Carlos Gomes.| Foto: Aniele Nascimento /Gazeta do Povo

Servidores e aposentados da Caixa Econômica Federal (CEF) fazem um protesto em frente à agência da Praça Carlos Gomes, no Centro de Curitiba, contra o rombo de aproximadamente R$ 20 bilhões nas contas da Funcef, o fundo de pensão do banco, e os descontos nos benefícios para cobrir esse déficit. Apesar da manifestação, o atendimento ao público na agência, onde funciona a administração estadual da CEF, acontece normalmente.

Os manifestantes foram de camisa branca à agência. Por volta das 10h30, eram cerca de 150 manifestantes na porta do banco. Entretanto, segundo a organização, a expectativa é de que ao longo dia 450 servidores e aposentados passem na Carlos Gomes para colaborar no protesto.

A manifestação acontece em todo o país e exige apuração e responsabilização dos culpados por má gestão e defendem que a conta deve ser paga por quem causou o prejuízo – e não pelos participantes do fundo de pensão. “Estamos lutando contra a gestão fraudulenta do Fundo. De 2003 a 2015, houve um rombo de R$ 20 bilhões. Além disso, a Caixa tem repassado para o Fundo dívidas trabalhistas na casa de R$ 2,3 bilhões”, argumenta Jesse Krieger, o presidente da Associação dos Economiários Aposentado da Caixa no Paraná.

Milhares de funcionários e aposentados da Caixa sofrem descontos mensais nos salários e benefícios para combrir o rombo da Funcef, situação similar à do Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Metade do rombo é coberto pelas estatais e metade, pelos trabalhadores e inativos.

Até junho, a Funcef descontava 2,78% dos participantes do plano, para cobrir o déficit referente a 2014 (R$ 2,3 bilhões). Para equacionar o déficit de 2015 (R$ 8,1 bilhões), o desconto subiu para 10,64%. Os descontos serão feitos ao longo de 17 anos. O fundo ainda precisa apresentar, até dezembro, uma proposta para cobrir o prejuízo de 2016, de cerca de R$ 6 bilhões. O desconto, nesse caso, será feito a partir de 2018. Krieger afirma que a associação entrou com ação civil pública para conter a contribuição extraordinária. o Paraná é o único estado que conseguiu uma liminar favorável, em maio.

“Queremos saber quem são os verdadeiros responsáveis pelo rombo e que eles paguem por isso. Que se faça justiça”, reclamou a aposentada da CEF Marisa Castelli, 56 anos.

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