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Leandro Johann e Marina Agranionih, da Minestore, fornecem plataforma de e-commerce grátis para microempresas. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Leandro Johann e Marina Agranionih, da Minestore, fornecem plataforma de e-commerce grátis para microempresas.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Onipresentes dentro de casa, na rua, em escritórios ou fábricas, os celulares tornaram-se o principal instrumento de inclusão digital no Brasil na última década e trouxeram a reboque novas oportunidades de negócio para empreendedores veteranos e cidadãos comuns.

O fortalecimento da chamada economia digital, que engloba desde startups e sites de e-commerce a serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC), caminha paralelo à popularização dos smartphones e é visto como fundamental para driblar problemas históricos de infraestrutura e permitir um salto de produtividade para o país.

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A disseminação da banda larga móvel é traduzida em números que mostram a rápida adoção da tecnologia. Hoje, 65% dos acessos móveis no Brasil se dão por meio do 3G e 4G – há apenas cinco anos, quando o 4G nem sequer existia, esse porcentual era de 7%.

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No mesmo período, o número de smartphones vendidos explodiu, passando de 3 milhões em 2010 para uma estimativa de 50 milhões neste ano.

Estudo divulgado em outubro pela Huawei mostra que os países em desenvolvimento – com Brasil, China, Chile e Emirados Árabes liderando o grupo – têm diminuído a distância em relação aos países desenvolvidos em termos de oferta de conectividade.

Em um universo de 50 países pesquisados, o Brasil encontra-se na 26.ª posição em termos de adoção de cinco tecnologias: banda larga móvel, computação em nuvem, internet das coisas, análise de big data e data centers.

“É visível que está ocorrendo uma transformação, de uma economia tradicional para uma digital. O Brasil tem acesso a essas tecnologias e um grande potencial de crescimento. O que falta é melhorar a experiência de uso. Em relação à banda larga móvel, por exemplo, não basta ter uma oferta excelente do ponto de vista técnico, mas sim um preço que faça sentido e seja acessível”, avalia o consultor de negócios da Huawei Julio Sgarbi.

Diferencial

“Os benefícios do crescimento na adoção das novas tecnologias têm sido comprovados por numerosos estudos acadêmicos. Sabe-se que dobrar a velocidade das conexões de banda larga e incrementar em 10 pontos porcentuais a penetração desse serviço pode impulsionar um crescimento que oscila entre 0,3% e 3,6% do PIB de um país”, afirma o diretor da 4G Americas para a América Latina e Caribe, José Otero.

Menos fixos

A Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), divulgada mês passado pelo IBGE, mostrou que a presença dos celulares em relação aos telefones fixos se inverteu na última década. Em 2004, 16% das residências possuíam apenas celular em casa, porcentual que aumentou para 56% ano passado.

Startups e e-commerce surfam na onda dos celulares conectados

A ampliação do acesso à internet estimulou o surgimento de uma nova gama de negócios, baseada na necessidade permanente dos consumidores em adquirir informação, acessar serviços e comprar produtos pela rede. De 101 startups paranaenses mapeadas pelo Sebrae-PR neste ano, por exemplo, 26 trabalham com aplicativos e 14 com comércio eletrônico.

O e-commerce é um dos setores que mais se aproveitou desse novo cenário, com um faturamento de R$ 18,6 bilhões no primeiro semestre deste ano. O valor é 16% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado – 10% das compras foram feitas por dispositivos móveis.

Além da maior demanda de usuários, o aumento da oferta, com pequenos e médios empreendedores abrindo seus negócios na internet, contribui para o fortalecimento do e-commerce. Criada como uma spin-off (derivado) da empresa de tecnologia Ateliware, a startup curitibana Minestore enxergou justamente nesta ânsia dos pequenos lojistas por estar na rede seu modelo de negócio. A empresa criou uma plataforma de e-commerce gratuita que pode ser usada por profissionais autônomos e empreendedores que não tem familiaridade com o mundo digital, driblando assim a necessidade de investimento para criar um site do zero.

A renda da startup vem de uma taxa de 2,99% em cima do valor de cada transação feita pelo e-commerce – em um ano de existência, a Minestore já tem 7 mil lojas cadastradas, sendo que cerca de 500 estão vendendo produtos ativamente.

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