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Paralisação de 2015 (imagem) pode se repetir neste início de ano | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
Paralisação de 2015 (imagem) pode se repetir neste início de ano| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Após pedidos feitos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e diante da promessa de um encontro com o governador do estado, Pedro Taques (PSDB, caminhoneiros que bloqueavam trechos de rodovias no Mato Grosso desde sexta-feira (13) decidiriam liberar os trechos por volta das 13h desta quarta (18). Os manifestantes ocupavam uma das faixas das BRs 163 e 364, impedindo o tráfego de caminhões que transportam grãos.

Segundo a concessionária Rota do Oeste, que administra as rodovias ocupadas, ainda não há informações de que a liberação seja permanente, ou seja, existe a possibilidade de os caminhoneiros voltarem a bloquear os trechos mais tarde. A concessionária informou também que trabalha, em conjunto com a PRF, para diminuir a lentidão no Km 201, sentido Norte, próximo a Rondonópolis, um dos trechos recém-liberados.

A principal pauta dos caminhoneiros é acelerar a aprovação do Projeto de Lei 528, que cria uma tabela de preços mínimos de fretes rodoviários. De acordo com Gilson Baitaca, um dos líderes dos caminhoneiros, os motoristas esperam que na próxima segunda-feira (23) o senador José Medeiros (PSD-MT) se encontre com o presidente Michel Temer (PMDB) para discutir o assunto.

De acodo com Baitaca, os “10 mil caminhões” que bloqueavam as rodovias só liberaram os trechos porque foi firmado um acordo verbal com as trades, que devem atender a reivindicação e subir o valor que hoje é pago pelo frete. “É um comprometimento das trades e, como operam em todos os estados do Brasil, devem cumprir o valor também em outros locais”, destaca ele.

O líder reforça, porém, que nada foi assinado entre eles e as trades, ou seja, trata-se apenas de uma promessa e não se sabe por quanto tempo ela deve durar. Por isso, segundo Baitaca, é importante que o PL 528 seja aprovado. “Estamos indo cumprir a agenda com o governador para ver a possibilidade de implantar essa tabela em caráter obrigatório no estado do Mato Grosso e forçar que outros estados também façam o mesmo procedimento.”

Bloqueios

De acordo com os boletins da Rota do Oeste, durante os cinco dias, caminhoneiros chegaram a ocupar cinco trechos das rodovias. Durante a manhã desta quarta-feira, porém, eram apenas três: Km 593 da BR 163, em Nova Mutum, e Kms 206, sentido Sul, e 201, sentido Norte, da BR 364, ambos na saída de Rondonópolis.

Segundo informou a concessionária, durante a manhã não houve registro de congestionamentos, já que a pista é duplicada e eles bloquearam apenas uma faixa usando pneus. Além disso, os manifestantes impediram apenas a passagem de veículos graneleiros, permitindo o fluxo de carros de passeio, caminhões-tanque, veículos com cargas perecíveis e ambulâncias. Por fim, segundo a Rota do Oeste, muitos caminhoneiros, sabendo dos bloqueios, ficaram parados em postos de combustível, o que contribuiu para não formar filas nas rodovias.

Nos últimos dias, caminhoneiros também bloquearam o Km 300 da BR 101, no Espírito Santo, e o KM 515 da BR 116, em Feira de Santana, na Bahia. Nos dois casos, os trechos foram liberados em algumas horas.

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