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A produção da indústria brasileira avançou 2% na passagem de dezembro para janeiro. Mas o resultado positivo não é suficiente para recuperar as perdas anteriores nem reverte a tendência negativa apresentada pelo setor, observou nesta quarta-feira (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O recuo acumulado apenas nos dois últimos meses de 2014 foi de 4,3%, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal. “O resultado positivo em janeiro é melhor do que se fosse negativo. Mas esse crescimento não reverte a trajetória descendente que a indústria havia mostrado. É um crescimento que se dá sobre uma base de comparação baixa. Há predomínio de taxas negativas durante o ano passado”, lembrou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.

Analistas acreditam que a indústria como um todo voltará a cair em fevereiro, após um desempenho positivo apenas pontual em janeiro. “O cenário de baixa confiança limita a reação da indústria no curto prazo”, avaliou o economista Rafael Bacciotti, analista da Tendências Consultoria Integrada, que prevê queda de 2,8% no setor em 2015.

A indústria opera 8,9% abaixo do pico histórico, registrado em junho de 2013. Em relação a janeiro de 2014, houve redução de 5,2% na produção, puxada pela queda em 20 dos 26 ramos investigados, com destaque para a atividade de veículos (-18,2%). Na avaliação do economista-chefe da Porto Seguro Investimentos, José Pena, é mais um resultado que sinaliza um Produto Interno Bruto minguando no primeiro trimestre. “Tudo indica que o PIB no 1.º trimestre será negativo.”

Barreiras

Além da energia escassa e cara, a indústria enfrenta este ano a redução da demanda de consumidores e a postergação de investimentos, como reflexo da inflação pressionada, maior endividamento das famílias, encarecimento do crédito e dúvidas sobre os impactos da política econômica.

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