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| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A greve dos bancários ganhou maior adesão na Grande Curitiba nesta quinta-feira, 8. Segundo o Sindicato dos Bancários, 239 agências e 11 centros administrativos estão com as atividades paralisadas, o que corresponde a cerca de 12,5 mil pessoas.

Na Caixa, a participação é integral, respeitando-se apenas o mínimo exigido por lei de dois trabalhadores por agência, informa a entidade.

Entre as cidades que apresentam maior adesão estão Campo Largo, Fazenda Rio Grande, Quatro Barras, São José dos Pinhais, Campina Grande do Sul, Rio Negro, Mandirituba e Balsa Nova.

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Em todo o estado, a Federação dos Bancários da CUT (Fetec-CUT), que representa 80% da classe, calcula que ao menos 17,6 mil funcionários estão com os braços cruzados. A estimativa é que no Paraná haja 31.514 trabalhadores distribuídos em 1.592 agências.

Nesta quinta, a categoria irá se reunir na capital para discutir a adesão ao movimento.

Exigências

Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 16% mais piso salarial de R$3.299,66 e plano de carreira com reajuste anual de 1%. Além disso, os bancários pedem auxílio-refeição, alimentação e creche no valor de R$ 788 cada e Participação nos Lucros e Resultados de três salários mais R$ 7.246,82 fixos.

As negociações foram finalizadas no dia 25 de setembro, após a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) oferecer 5,5% de reajuste de salários, índice abaixo da inflação de 9,88% (INPC), e benefícios mais abono de R$ 2.500.

Metade das agências deve fechar as portas no Brasil

No terceiro dia da greve nacional dos bancários, a expectativa do movimento sindical é que a adesão chegue à metade das agências do país.

Nesta quinta-feira (8), 8.763 unidades, mais de um terço do total, ficaram de portas fechadas, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Conarf).

Os bancos, no entanto, não fizeram nova proposta aos funcionários. Não há previsão de novas negociações.

O presidente da Conarf, Roberto von der Osten, afirma que os sindicatos estão abertos a negociar com os bancos, mas não aceitam a contra proposta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que oferece aumento salarial de 5,5% e novos benefícios sociais aos funcionários.

“Ontem [quarta-feira, 7], passamos de um terço dos locais de trabalho paralisados e hoje esperamos chegar à metade. Isso deveria ser suficiente para os banqueiros perceberem a indignação dos trabalhadores com a proposta deles, porque os salários vão diminuir. Não há apologia da não negociação, mas não queremos propostas desrespeitosas”, disse ele.

Outros estados

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região afirmou que a greve ganhou força nos dois primeiros dias, alcançando 50 mil funcionários em mais de 500 agências e centros administrativos do estado.

“Há muitos anos não tínhamos uma paralisação tão forte com a participação de tantas pessoas quanto a de ontem. Geralmente não ultrapassamos a marca de 40 mil pessoas. Hoje, vamos focar ainda mais nas agências de grande porte dos centros comerciais”, disse Juvandia Moreira, presidente da entidade.

Já a presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, afirmou que a greve chegou a atingir 356 agências nesta quinta. Em Alagoas, a adesão ao movimento já chegou a 86% dos 243 estabelecimentos bancários.

Procurada, a Febraban não comentou o andamento da greve nos últimos dias, mantendo a proposta já apresentada às lideranças sindicais, que prevê a participação nos lucros dos bancos, de acordo com uma fórmula que, aplicada, por exemplo, ao salário-piso de um caixa bancário de R$ 2.560, pode garantir até o equivalente a quatro salários.

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