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| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A greve dos bancários continua, segundo decisão tomada em assembleia feita na noite de segunda-feira (3). Nesta terça-feira, 4, a paralisação completa 29 dias. Não há ainda uma nova rodada de negociação agendada com os bancos.

De acordo com o Sindicato dos Bancários, no Paraná, 75% das agências bancárias estão fechadas, além de nove centros administrativos, incluindo quatro do HSBC. Para evitar problemas com a paralisação, é indicado procurar correspondentes bancários que ainda estão abertos e as opções de atendimento pela internet.

No país, são 13.245 agências e 29 centros administrativos paralisados por tempo indeterminado, o que corresponde 56% de adesão da categoria, segundo informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A greve deve se igualar na quarta-feira à mais longa da história, ocorrida em 2004 e que durou 30 dias. As mudanças tecnológicas de lá para cá estão amenizando os efeitos da paralisação, mas há diversos serviços parados que estão prejudicando os usuários do sistema bancário. Há dificuldade, por exemplo, para o saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para quem tem mais de R$ 1,5 mil a receber. A aprovação de financiamentos e linhas de créditos em alguns bancos também podem demorar mais do que o normal.

Reivindicações

Os trabalhadores dos bancos pedem reajuste salarial de 14,78%, dos quais 5% são de aumento real. A pauta inclui ainda participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales alimentação e refeição, e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880).

Atualmente, os bancários têm um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 para os funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). Na última rodada de negociação, encerrada no dia 28 de setembro, os bancos fizeram uma proposta de novo modelo de acordo para a categoria, com validade de dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos.

A última proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi, segundo os bancários, no dia 28 de setembro, quando foi proposto reajuste de 7% e um abono de R$ 3,5 mil, com aumento real de 0,5% para 2017. A proposta patronal foi rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários.

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