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Centros administrativos com atividades paralisadas em Curitiba e região

HSBC

- Vila Hauer- Kennedy- Xaxim- Palácio Avenida

Banco do Brasil

- Tiradentes- CSO (Champagnat)- Central de Atendimento em São José dos Pinhais- Portão- Rockfeller

Caixa Econômica Federal

- Conselheiro Laurindo- Carlos Gomes- Mauá

Cerca de 10 mil bancários de Curitiba e região metropolitana devem cruzar os braços por tempo indeterminado a partir desta quarta-feira (8), em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. A decisão foi tomada em assembléia na terça-feira (7) à noite, e deve atingir principalmente os centros administrativos das instituições financeiras, mas também causa problemas para clientes de pelo menos 91 agências das 329 existentes na capital.

"Optamos por focar as paralisações nos serviços administrativos dos bancos, para causar menos prejuízo para os clientes e pressionar mais a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, Otávio Dias. (Confira as unidades administrativas que ficarão paralisadas ao lado).

Apesar disso, funcionários de 91 agências já teriam aderido à greve e, segundo Dias, a mobilização pode atingir outras unidades até o final da tarde. "No decorrer do dia, a exemplo do que aconteceu no dia 30 de setembro, quando fizemos uma paralisação de 24 horas, as agências vão aderindo voluntariamente", afirma. Os caixas automáticos estarão funcionando, avisa o sindicato.

Pouco antes das 13h, o sindicato informou que 84 agências da Caixa e do Banco no Brasil em Curitiba e na região metropolitana estavam fechadas, o que significa adesão de 90% nas agências de bancos públicos. Além dessas, sete agências de bancos privados também não abriram nesta quarta-feira, segundo o sindicato: três do HSBC, três do Unibanco e uma do Itaú.

Ao todo, Curitiba e região tem 329 agências, onde trabalham cerca de 18 mil bancários, dos quais 55% já estariam mobilizados.

Piquetes

De acordo com o presidente do sindicato, não haverá atos de protesto ou manifestações, mas grupos de bancários se concentrarão em frente às unidades administrativas dos bancos para convencer todos os funcionários a aderirem ao movimento grevista.

Durante a manhã, de acordo com o sindicato, helicópteros foram avistados sobrevoando o Centro Administrativo Xaxim, do HSBC, para levar funcionários para trabalhar, evitando o piquete dos sindicalistas. A assessoria de imprensa do HSBC disse que a prática é legal, e faz parte de um plano de contingência do banco, que já foi utilizado durante a greve do ano passado.

O banco confirma, por meio da assessoria de imprensa, que seus quatro centros administrativos localizados em Curitiba estão fechados, mas informa que está adotando seu plano de contingência para operar em períodos de paralisação.

Reivindicações

Os bancários reivindicam aumento salarial de cerca de 13%, sendo 8% de perdas com inflação e 5% de aumento real. Também pedem mais investimento dos bancos em segurança nas agências e imediações; mais contratações; aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), dentre outras reivindicações.

Dias conta que a categoria realizará assembléias todos os dias para avaliar a continuidade da paralisação. "Por enquanto não há nenhuma agenda de negociação. Vamos pressionar até que haja um retorno à discussão", diz.

Em nota, a Fenaban informa que acredita que chegará brevemente a um acordo com os sindicatos de bancários sobre a convenção coletiva de trabalho da categoria. A assessoria de imprensa da entidade diz que, por enquanto, é o que tem a dizer sobre a greve.

Orientações

Ainda em nota, a Fenaban dá orientações aos usuários do sistema bancário. "Como algumas agências estão sendo alvo de paralisações, a Fenaban informa que os consumidores que tiverem dificuldades em pagar contas por causa de piquetes e paralisações promovidos por sindicalistas têm à disposição todas as demais agências e os canais de atendimento remoto, composto por 45,2 mil postos de atendimento e pela rede de 84, 3 mil correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados", diz o texto.

"Além disso, os consumidores podem pagar contas que estiverem dentro do prazo de vencimento utilizando as centrais telefônicas dos bancos. Os clientes podem contar, ainda, com os serviços de débito automático oferecidos pelas concessionárias em parceria com a Febraban, para pagamento de contas de consumo (água, luz e telefone, por exemplo), além de realizar transações com total segurança por meio de internet banking, telefone e mobile banking - operações por meio de celulares. Todos esses canais funcionam e funcionarão normalmente, assim como os serviços de compensação de cheques, transferência de recursos via Documento de Ordem de Crédito (DOC) ou Transferência Eletrônica Disponível (TED), o recolhimento de depósitos e pagamentos nos caixas eletrônicos e o abastecimento de numerário desses equipamentos".

Para quem tem contas com vencimento nos próximos dias, as casas lotéricas fazem grande parte dos serviços bancários, como recebimento de boletos de qualquer banco, inclusive impostos (exceto IPVA parcelado e guias GR e DARF) até o valor de R$ 500.Ainda nas loterias, correntistas da Caixa podem pagar contas do banco até o valor de R$ 2 mil, sacar até R$ 1 mil e depositar até R$ 500; enquanto clientes do Banco do Brasil podem sacar até R$ 200.

Nas agências dos Correios, qualquer pessoa pode pagar tributos federais e estaduais, faturas e títulos, contas de água, luz e telefone e boletos de qualquer banco dentro do vencimento. Correntistas do Bradesco (parceiro atual do Banco Postal) podem sacar até R$ 600 por dia e fazer depósitos.

Em nota enviada à imprensa, o HSBC orienta que seus clientes, tento alguma dificuldade em utilizar suas agências bancárias, procurem um dos canais alternativos de atendimento, como internet banking, caixas eletrônicos e phone centre.

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