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Paulo Abreu, presidente da Barigui Sec: empresa alcançou 42% de market share em dois anos. | Divulgação
Paulo Abreu, presidente da Barigui Sec: empresa alcançou 42% de market share em dois anos.| Foto: Divulgação

Com menos de dois anos de atuação, a Barigui Sec atingiu pela segunda vez a liderança na emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), alcançando 42% de participação de market share em número de CRIs emitidos no primeiro semestre deste ano. Foram R$ 2 bilhões em 30 emissões de certificados, num total de 62 novas emissões. O número é recorde para o período, segundo a consultoria do setor Uqbar.

Os CRIs são títulos atrelados a dívidas imobiliárias, vendidos no mercado como forma de refinanciamento. Assim como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), os CRIs funcionam como uma alternativa ao crédito da poupança, a principal fonte de financiamento do setor.

O mercado de securitização no Brasil, apesar de ainda ocupar uma fatia pequena do financiamento imobiliário do país, está em crescimento contínuo há pelo menos cinco anos. Dados da Cetip, maior depositária de títulos privados da América Latina, mostram que o estoque de CRI chegou a R$ 61,6 bilhões de janeiro a junho deste ano, um aumento de 23,5% ao acumulado do ano anterior.

Os bons números do setor são explicados basicamente porque o crédito mais escasso e a seca nos recursos da poupança beneficiam as formas alternativas de financiamento imobiliário, como os CRIs. E é justamente a diminuição nos volumes da poupança que gera expectativa de crescimento das securitizadoras nos próximos dois anos.

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“O estoque de CRI cresceu nos últimos anos na medida em que o crédito imobiliário também foi crescendo. Agora, com a poupança diminuindo, abre espaço para o CRI e esse espaço deve ser preenchido pelos CRIs. É assim que analisamos”, afirma Paulo de Paula Abreu, diretor de relações com investidores e presidente da Barigui Sec.

Uma das preocupações do momento econômico é o aumento da inadimplência, que pode afugentar os investidores dos CRIs, cujos investimentos partem de R$ 300 mil. “A inadimplência gera muita restrição do crédito, mas é um efeito natural. Com os recursos escassos, os bancos ficam muito mais seletivos na aprovação de empréstimos e os créditos dos CRIs também ficam mais seletivos”, afirma.

Desafio

Segundo Abreu, o grande desejo é que o mercado de CRI consiga atrair os financiamentos feitos diretamente pelas incorporadoras com os clientes, modalidade que vem crescendo com o crédito mais escasso. “Estamos num mercado de transição, então o mérito vai ser achar o ponto de equilíbrio entre a demanda do financiamento imobiliário e a demanda de quem quer investir nesse tipo de ativo. Unir essas duas pontas com eficiência ditará a tendência de crescimento deste ano e em especial do ano que vem”, diz.

Hoje, o mercado brasileiro de securitização é bastante concentrado e se divide em cerca de 70 empresas. “Sendo que 80% está nas mãos de seis casas. Nossa ambição quando começamos era nos posicionar entre as seis e conseguimos logo no primeiro ano”, diz Abreu. Apesar de ter sede em São Paulo, a empresa faz parte do grupo financeiro Barigui, de Curitiba.

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