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| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, avaliou nesta quarta-feira (7) em café da manhã com jornalistas que é óbvio que a atividade econômica faz parte da “equação” da política monetária. Segundo ele, a outra parte da “equação” com a qual o BC reage é a “ancoragem” das expectativas de inflação. “Dado que as expectativas de inflação estão ancoradas, a gente consegue não ter que reagir ao impacto primário mas apenas ao secundário de alguns choques que podem vir. A gente já está fazendo isso”, avaliou.

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Para ele, a ancoragem abre espaço para ter juros mais baixos por muito tempo. Na sua avaliação, isso vai se mostrar importante. “Nos vamos avaliar o tempo todo a inflação e atividade. A vantagem é que temos reuniões seguidas e toma toda a decisão apropriada”, disse.

Ilan Goldfajn afirmou que, na próxima semana, o BC vai anunciar uma agenda ligada a quatro pilares de atuação na instituição. Ele não adiantou quais são as ações. Estes pilares vêm sendo citados por Goldfajn em alguns eventos, como a semana de Educação Financeira, ocorrida recentemente no Banco Central.

Segundo ele, a recuperação será mais gradual. “Vemos projeções melhores em 2017 e 2018.” Para Ilan, os exageros do passado levarão mais tempo para se dissipar. “Houve excessos e gastos exagerados” , afirmou. Ele reconheceu ainda que a atividade foi mais fraca em agosto, com pequenas “quedinhas” e que o BC esperava uma reversão em setembro.

Incertezas

Ao comentar o quadro político de incertezas no Brasil, o presidente do Banco Central advertiu que é o momento de ter “serenidade” e reforçou a necessidade de avanços nas reformas. Ele antecipou que “nada mudou” em relação ao cenário apresentado na terça-feira (6) na ata da reunião que ocorreu na semana passada, portanto antes do pedido de saída do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da elevação do preço dos combustíveis e do agravamento da crise dos Estados com o pedido de calamidade financeira de Minas Gerais. “Nossa visão desde o comunicado (do Copom) e ata não mudou”, disse.

Ilan também deu a sua receita para o crescimento: “é o momento de persistir nos ajustes, nas reformas, trabalhar pelo crescimento da produtividade, trabalhar para ter estabilidade monetária e ter juros sustentáveis mais baixos, de forma que a gente volte a crescer”, disse.

O presidente insistiu que no momento de incertezas é necessário serenidade e olhar se as reformas vão ser implementadas. “Se elas vão ser aprovadas e implementadas é o que o importa para gente. Todo o resto, o ruído, a forma ou quando, eu acho que a gente tem que passar meio por cima”, disse.

Segundo ele, hoje, as discussões estão por outro lado, de que o BC está fazendo o que tem fazer.

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