• Carregando...
 | Paulo Fonseca/EFE
| Foto: Paulo Fonseca/EFE

Os bloqueios de rodovias promovidos por caminhoneiros, que protestam há oito dias, cresceram no Paraná e no Brasil nesta quarta-feira (25). Em todo o país, já são 12 os estados com manifestações. No Paraná, os pontos de bloqueios subiram de 46 para 51 no começo da manhã, com a ampliação dos protestos nas rodovias estaduais (de 26 para 32), conforme dados das polícias rodoviárias Estadual e Federal. Ao longo do dia, 14 trechos interditados em rodovias estaduais foram liberados, restando 23 pontos de bloqueio final da tarde desta quarta. Desde às 14 horas desta quarta-feira (25), o governo negocia com manifestantes e empresários para tentar encerrar a paralisação.

Greve de caminhoneiros obriga produtores a jogar leite fora

Pecuária leiteira é a mais prejudicada pelos bloqueios. Crise se estende à produção de aves e suínos no Paraná

Leia a matéria completa

Portos são obrigados a interromper embarques de grãos

Além de limitar o trabalho de produtores e indústrias, a paralisação de caminhoneiros nas principais rodovias do país tem limitado o transporte de cargas direcionadas para exportação. No Paraná a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) diz que apenas 10% da carga programada para ser carregada ontem nos navios estava disponível. Desd

Leia a matéria completa

No país, o movimento ganhou adesão também na Bahia, no Ceará, no Pará e em São Paulo. Caminhoneiros do Espírito Santo podem aderir à paralisação nesta quarta (25). Desde que o protesto começou há cerca de semana, manifestantes já realizaram bloqueios em rodovias nos estados do Pará, Ceará, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Falta de produtos prejudica o consumidor paranaense

Bombas vazias, mercados sem alimentos e açougues sem carnes. Cadeia de distribuição é gravemente afetada pelas barreiras nas BRs

Leia a matéria completa

Nem mesmo decisões da Justiça Federal no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais, obrigando a liberação das rodovias, surtiram efeito.

No Rio Grande do Sul, a Justiça determinou multa de R$ 5 mil por dia aos caminhoneiros que não deixarem as rodovias, mas a categoria decidiu manter a greve.

Em Palmeira das Missões (RS), agentes da PF chegaram a tentar notificar os caminhoneiros, mas foram ignorados.

Os caminhoneiros pedem redução no preço do diesel e do pedágio, tabelamento dos fretes e a sanção, por parte da presidente Dilma Rousseff, de mudanças na legislação que flexibilizam a jornada de trabalho.

Impacto

No porto de Paranaguá (PR), por exemplo, o segundo maior exportador do país, o movimento está abaixo do normal. O escoamento da soja, em plena safra, está prejudicado. Neste terça, dos 925 caminhões previstos, apenas 67 chegaram.

Segundo a direção do porto, mesmo com o fim do movimento, deverá haver lentidão no escoamento da soja.

No Paraná e em Santa Catarina, a JBS decidiu paralisar oito unidades de produção de aves e suínos. O principal problema é a interrupção no fornecimento de grãos para a alimentação dos animais e de insumos, como embalagens.

Reunião

Preocupado com o impacto político e econômico do bloqueio das rodovias, o governo marcou uma reunião para esta quinta (26) no Palácio do Planalto, para discutir com os caminhoneiros e empresas de transporte. Segundo fontes, a ordem de Dilma é resolver o impasse o mais rápido possível.

O governo, porém, teve dificuldades nos últimos dias para resolver o problema porque não conseguia identificar líderes que respondessem por todo o conjunto de manifestantes.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]