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O governo federal recebeu oito propostas de interessados na concessão da rodovia BR-050(GO/MG), mas não houve interessados na concessão da BR-262 >(ES/MG), disse o ministro dos Transportes, César Borges, a jornalistas nesta sexta-feira (13). O leilão será realizado na próxima quarta-feira (18), mas a entrega dos envelopes com as propostas ocorreu nesta sexta-feira.

A concessão marcará o primeiro teste real do apetite do mercado pelas concessões federais na área de infraestrutura logística.

A Queiroz Galvão e o consórcio Sertão, formado pelas empresas Fidens Engenharia, Aterca, Via Engenharia e Construtora Barbosa Melo, confirmaram inscrição para concorrer à concessão da BR-050. Segundo fontes, Triunfo Participações, Ecorodovias e CCR também entregaram propostas, assim como a Odebrecht e a Invepar.

De todo modo, a ausência de propostas pela BR-262 contrasta fortemente com o clima de euforia com o qual o governo vinha tratando o tema. Na semana passada, uma fonte a par do assunto dissera à Reuters que pelo menos 32 empresas haviam retirado a certidão negativa para se inscrever no leilão. "A BR-262 não deu viabilidade econômica", disse a jornalistas o gerente comercial de novos negócios da Fidens Engenharia, Nilton Chaves. Fontes de grupos que se inscreveram no leilão manifestaram a mesma preocupação.

Uma fonte de uma das empresas que apresentou proposta disse à Reuters que o desinteresse na BR-262 deve-se a inconsistências nas projeções financeiras da concessão. "As contas das receitas e das despesas não fechavam", disse a fonte.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou a lista dos oito grupos que apresentaram propostas para o leilão do trecho da rodovia BR-050: Construtora Queiroz Galvão; Triunfo Participações e Investimentos; Companhia de Participações em Concessões; Consórcio Verdemar (formado por Ecorodovias, Construtora Cowan, Coimex Empreendimentos, Rio Novo Locações, Tervap Pitanga Pavimentação, Contek Engenharia, A. Madeira Indústria e Comércio e Urbesa Administração); Consórcio Rodovia do Sertão (formado por Fidens Engenharia, Construtora Aterpa M. Martins, Via Engenharia, Construtora Barbosa Mello e Carioca Chistiani-Nielsen Engenharia); Consórcio Invepar-Odebrecht Transport (formado por Invepar e Odebrecht Transport); além do Consórcio Planalto (formado por Senpar, Construtora Estrutural, Construtora Kamilos, Ellenco Construções Engenharia e Comércio Bandeirantes e Greca Distribuidora de Asfaltos).

Rodovias

O último trecho leiloado pelo governo federal, a BR-101 no Espírito Santo, no início de 2012, apresentou deságio de mais de 45%.

O trecho da BR-050 tem 436 quilômetros de extensão, desde o entroncamento com a BR-040, em Cristalina (GO), até a divisa de Minas Gerais e São Paulo, no município de Delta. A estrada tem 218,1 quilômetros duplicados.

O trecho da BR-262 tem 375,6 quilômetros do entroncamento com a BR-101 no município de Viana (ES) até a BR-381 em João Monlevade (MG), sendo que 180,5 quilômetros de duplicação estão a cargo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Surpresa

Segundo o ministro, a falta de interessados para o lote da rodovia ligando os dois Estados do sudeste é uma surpresa. Segundo ele, nenhuma companhia apresentou qualquer problema em relação à rodovia e foram feitas mudanças pedidas por elas para melhorar a atratividade dos negócios. "Todos os dados que tínhamos é que as duas rodovias eram atrativas", afirmou o ministro que na semana passada classificou-as como "o filé" do programa de concessões.

Segundo o ministro, o governo tem a opção agora de reabrir o leilão da 262 com os mesmos estudos ou refazer os estudos para iniciar uma nova concorrência. Há também a opção de retirar a rodovia do programa de concessões. Ele afirmou que ainda é cedo para saber qual decisão será tomada.Mesmo com o fracasso de um dos lotes, Borges afirmou que os outros seis leilões previstos para este ano estão mantidos."Não fico frustrado. Saímos empatados. Vamos para frente agora porque queremos ser vitoriosos e o programa é importante para país", afirmou Borges.

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