O Brasil subiu três posições e hoje ocupa o quarto lugar mundial em projetos que receberam o selo de internacional de sustentabilidade, do Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).
Líder na América do Sul em número de edifícios verdes, o país fechou o primeiro trimestre deste ano com 991 edificações registradas para receber o certificado, um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O cenário será tema de debate na 6ª Greenbuilding Brasil, encontro que acontece em São Paulo entre os dias 11 e 13 de agosto.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Bruno Padovano explica que empreendimentos sustentáveis são aqueles que harmonizam fatores ambientais, sociais e econômicos, e há quem inclua nessa lista também questões políticas e culturais.
Ele pondera que embora o número de edifícios certificados esteja aumentando, a maioria das obras no Brasil não participa desse movimento, como as construções caseiras, realizadas quase sempre de forma precária por proprietários ou moradores.
Segundo Felipe Faria, diretor executivo do GBC Brasil (Green Building Council), entidade que concede a certificação aos edifícios, os projetos que recebem o selo apresentam redução de 40% no consumo de água e até 30% de energia. Segundo ele, o aumento de custo na construção desses empreendimentos mais sustentáveis não ultrapassa 6%.
O professor de engenharia da Escola Politécnica da USP Vanderley Moacyr John é cético em relação aos selos de sustentabilidade ambiental. Ele afirma que os empreendimentos que recebem certificações como o Leed são minoria entre as edificações sustentáveis e os selos não são indicadores do impacto das construções como um todo.
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