O Brasil recebeu, entre janeiro e junho deste ano, US$ 30 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), informou a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) nesta quinta-feira (31). Segundo a entidade, o montante de IED movimentado em todo o mundo alcançou US$ 745 bilhões no período, avanço de 4% em relação ao mesmo período de 2012.
Entre os Brics (grupo de países emergentes formado pro Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil ficou em terceiro lugar como destino mais atrativo, atrás de China e Índia, que receberam, respectivamente, US$ 67 bilhões e US$ 56 bilhões no primeiro semestre. >De acordo com Rolf Traeger, economista da Unctad, o ritmo de IED no Brasil ficou estável em relação aos primeiros seis meses do ano passado, porém o tipo de investimento no país mudou.
"Houve uma queda do investimento estrangeiro direto em projetos novos e em fusões e aquisições. Em compensação, houve um aumento dos lucros reinvestidos das companhias estrangeiras. Como resultado desta estabilidade total, o Brasil ficou na oitava posição entre os países receptores de todo o mundo", explicou o especialista à Rádio ONU.
Apesar do leve aumento em relação ao primeiro semestre de 2012, a Unctad estima que o volume de IED encerre o ano em níveis semelhantes ao ano passado, devido aos riscos da zona do euro e ao chamado "abismo fiscal" nos EUA, que precisam definir, até o fim deste ano, uma política fiscal de longo prazo, após a crise em outubro.
Meta fiscal mais frouxa do governo Lula piora expectativas e mercado joga juros para cima
Rebaixamento da meta aumenta desconfiança sobre as contas do governo Lula
Incertezas do Brasil fazem exportador deixar dólar no exterior e elevam pressão sobre câmbio
FMI amplia projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 e 2025
Deixe sua opinião