Valorização do real
O Tesouro Nacional informou que a dívida pública federal passou de R$ 5,804 trilhões em julho para R$ 5,781 trilhões no mês passado.| Foto: José Cruz/Agência Brasil.

O alto volume de vencimentos fez a Dívida Pública Federal (DPF) cair em agosto. O Tesouro Nacional informou nesta quarta-feira (28) que a DPF passou de R$ 5,804 trilhões em julho para R$ 5,781 trilhões no mês passado, baixa de 0,4%. Apesar da queda em agosto, o Tesouro prevê que a DPF subirá nos próximos meses.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no fim de janeiro, o estoque da dívida deve encerrar 2022 entre R$ 6 trilhões e R$ 6,4 trilhões. A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) caiu 0,42%, passando de R$ 5,559 trilhões em julho para R$ 5,536 trilhões em agosto.

A leve queda do dólar em agosto também contribuiu para segurar o endividamento do governo. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou estável, subindo apenas 0,02%. O indicador passou de R$ 245,81 bilhões em julho para R$ 245,85 bilhões em agosto. O principal fator foi o recuo de 0,18% do dólar no mês passado.

Pelo segundo mês seguido, o colchão da dívida pública (reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos) caiu. Essa reserva passou de R$ 1,178 trilhão em julho para R$ 1,146 trilhão no mês passado. Atualmente, o colchão cobre quase um ano de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,243 trilhão em títulos federais.

As instituições financeiras seguem como principais detentoras da Dívida Pública Federal interna, com 30,2% de participação no estoque. Os fundos de investimento, com 24,6%, e os fundos de pensão, com 22,2%, aparecem em seguida na lista de detentores da dívida. Com o retorno da instabilidade no mercado financeiro internacional, a participação de estrangeiros caiu de 9% em julho para 8,8% em agosto. Os demais grupos somam 14,1% de participação, segundo os dados apurados no mês.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência). Com informações da Agência Brasil.