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A Caixa Econômica Federal calcula que as medidas de incentivo ao crédito imobiliário, anunciadas na quinta-feira (28) pelo governo, tenham impacto de R$ 10 bilhões. O governo decidiu liberar os bancos para usar R$ 22,5 bilhões dos depósitos da poupança que são obrigados a manter no Banco Central para desembolsos nas operações de financiamento habitacional.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil informou que ainda avalia as medidas anunciadas na quinta-feira (28) pelo governo para impulsionar o crédito habitacional. O BB, embora tenha seguido a Caixa e elevado os juros no crédito imobiliário, é um ponto fora da curva neste segmento. Por ter entrado mais tardiamente neste setor, também anunciou mudanças nas condições, mas, ao contrário dos demais, foram para facilitar a contratação.

“As iniciativas vão viabilizar o financiamento expressivo de unidades habitacionais por parte das instituições financeiras, com efeito positivo na comercialização do atual estoque de imóveis”, destaca a Caixa. Pressionado pelos saques na poupança, o banco restringiu os empréstimos para a compra da casa própria, financiando no máximo metade do valor no caso de imóveis usados. Além disso, aumentou os juros duas vezes.

Sobre as regras de financiamentos, a Caixa esclarece, em nota, que, na parte da habitação social, irá aguardar a regulamentação por parte do Ministério das Cidades e no que se refere às decisões do Conselho Monetário Nacional (CMN), vai esperar a publicação das resoluções.

O CMN fixou novas condições de emissão para as letras de crédito imobiliário (LCI) e para as letras de crédito do agronegócio (LCA). Estabeleceu ainda que os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) tenham lastro apenas em financiamentos habitacionais no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e não mais imobiliários em geral.

O Bradesco também estima um impacto positivo com as medidas. O banco estuda reduzir os juros no crédito imobiliário com recursos da poupança na tentativa de rentabilizar os R$ 4 bilhões que terá de folga de capital, segundo o diretor vice-presidente do banco, Domingos Figueiredo de Abreu. Hoje, a taxa mínima cobrada nas linhas do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) é de 9,8%.

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