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A cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, vai receber uma unidade da InterCement, empresa cimenteira dos grupos Camargo Correa e Cimpor. O investimento no distrito de Itaiacoca, da ordem de R$ 590 milhões, faz parte de um plano de expansão de R$ 2,5 bilhões, que inclui a construção de outras três fábricas no país, além da ampliação da unidade de Cezarina (GO).

A previsão é de que até 2016, todas as novas unidades estejam operando. O projeto Cerrado Grande, como está sendo chamada a planta dos Campos Gerais, deve produzir cerca de 1,2 milhão de toneladas por ano. Mesmo com local e linha de investimentos já definidos, a InterCement não tem previsão de quando as obras vão começar.

O plano de consolidação da Camargo Correa no ramo de cimento começou com a aquisição de quase 95% da cimenteira portuguesa Cimpor, no fim de 2012, e segue com investimentos no mercado brasileiro, que oferece melhor perspectiva de crescimento – algo em torno 5% ao ano. O grupo InterCement/Cimpor nasce como a nona maior empresa cimenteira do mundo e a segunda do mercado brasileiro, atrás apenas da Votorantim.

A escolha pelo Paraná – mercado hoje atendido pela unidade de Apiaí (SP) – faz parte da plataforma de crescimento do grupo, que busca se posicionar em todas as regiões do país. O interesse pela região dos Campos Gerais não surgiu agora. Antes mesmo de ser vendida para Camargo Correa, a Cimpor já havia demonstrado desejo em instalar uma unidade em Ponta Grossa.

Segundo dados confirmados pela assessoria de imprensa do grupo, a escolha de investir no Brasil para crescer leva em conta que 50% das receitas da InterCement/Cimpor de 2011, de cerca de R$ 7 bilhões, vieram de transações no país.

Os resultados são pró-forma e levam em conta os números da InterCement (Brasil, Angola, Argentina e Paraguai) junto com os da Cimpor (Portugal, Moçambique, Egito, Cabo Verde e África do Sul). Ficam de fora apenas os que foram entregues à Votorantim pelos 21,2% de ações que possuía na Cimpor. Essa transação atende a uma exigência do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para autorizar a venda da companhia portuguesa à InterCement.

Crescimento

Com novas empresas, cidade espera dobrar PIB em seis anos

Depois de dez anos praticamente parada no setor industrial, Ponta Grossa volta a receber investimentos de grande porte. O novo "boom" de industrialização do segundo maior polo industrial do estado – só perde para a Grande Curitiba – está sendo movimentado pela instalação de grandes empresas.

Tetrapak e Makita do Brasil, que já atuavam na cidade, vão investir, juntas, R$ 290 milhões na ampliação de suas estruturas e gerar 320 empregos diretos. Os grandes investimentos que já estão implantados ou em fase de implantação ultrapassam a casa de R$ 1 bilhão. Empresas como DAF/Paccar, Crown, Braslar, Contitech, Batavo (Frísia), Batavo (moinho de trigo), Oleoplan e Planair devem abrir 1.628 vagas de empregos. A Ambev e a fabricante de rações Mars Brasil também confirmaram investimentos em Ponta Grossa.

A cidade também recebeu investimentos de médio porte. São 17 novas empresas que estão se instalando e vão ofertar mais de 700 empregos diretos. Os valores giram em torno R$ 160 milhões. Com a nova leva de investimentos, a estimativa é de que a cidade vai dobrar seu Produto Interno Bruto (PIB) em apenas seis anos.

Região

Mas não é apenas Ponta Grossa que cresce. A região dos Campos Gerais também vai receber investimentos. A Klabin, que já tem uma unidade de papel em Telêmaco Borba, vai construir uma fábrica de celulose e outra de papel-cartão em Ortigueira, em investimentos que passam de R$ 7 bilhões.

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