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A inflação em janeiro veio alta, acima até do que vimos no ano passado. Isso no mês em que o Banco Central decidiu que não deveria subir os juros, entendendo que a recessão já vai uma hora levar o IPCA para a meta de 4,5%.

A tese do BC está sendo colocada à prova. Ele teve boas razões para não apertar ainda mais a política monetária. Juros poderiam aumentar a dor de quem precisa de crédito sem necessariamente ter efeito sobre os preços, ainda pressionados pela desvalorização do real no ano passado, pelo tarifaço e pela herança inflacionária.

Ao mesmo tempo, o BC assumiu o risco de ser considerado omisso e de alimentar a percepção de que ele não fará o possível para conter os preços. O índice de janeiro pode dar margem para que essa interpretação ganhe força. Um aumento rápido da taxa de juros poderia conter expectativas e fazer a inflação cair mais rapidamente, argumentam alguns economistas, sem o risco moral da decisão do BC.

Em alta

Klabin

A empresa está prestes a inaugurar sua planta de produção de celulose em Ortigueira e já planeja investir mais na fábrica de papel-cartão.

Em baixa

Montadoras

O ano começou com queda de 29% na produção de veículos, mesmo com a base de comparação já fraca de 2015. Só as exportações têm sido positiva para o setor.

Ainda é cedo para dizer qual lado está certo. O risco de o país repetir uma inflação de dois dígitos ainda é baixo e os fatores que pressionam os preços tendem a perder força nos próximos meses. Mas o Banco Central não conta com a melhora nas contas públicas, pelo menos até 2017 ou 2018 para melhorar o clima na economia.

Reformas

O governo provou na semana passada um aperitivo da reação às reformas. Sindicatos são contra a reforma na Previdência e o setor do agronegócio é contra uma equalização na tributação (que iguala o setor a todos os outros). É pouco provável que o governo tenha força para mexer fundo na colcha de retalhos de interesses que é a regulação da economia no Brasil.

Lanac

A rede de laboratórios de análises clínicas Lanac pretende investir R$ 300 mil neste ano para ampliar sua rede de atendimento. Além de abrir três novas unidades em Curitiba, a empresa pretende continuar com seu projeto de entrada no mercado do interior do estado. O primeiro posto de coleta foi aberto recentemente em Foz do Iguaçu e a ideia é implantar unidades em Londrina, Maringá e Cascavel. Com o investimento, o número de exames deve crescer 10%, passando de 400 mil por mês para 440 mil.

TCP

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) está investindo R$ 4 milhões para ampliar sua frota de caminhões e carretas. Serão comprados dez veículos do modelo Terminal Tractors, fabricados na Holanda e específico para o transporte de contêineres, além de dez novas carretas produzidas no Brasil.

Certo Sabor

A Pitlak, uma fabricante de bolos e pães, mudou sua estratégia de marcas. Já conhecida pela marca Certo Sabor, a empresa decidiu lançar uma nova marca para sua linha de bolos, tortas e confeitarias, a Apreciatus. A Certo Sabor será a marca para pães e salgados. A mudança ocorre em um momento de crescimento: a companhia acaba de fechar uma parceria de fornecimento com a rede varejista Walmart.

Copel

O aumento no preço da energia teve impacto nas vendas da Copel em 2015. O total de energia vendida por seu braço de distribuição no mercado cativo caiu 0,7% no ano passado, para 24 mil GWh. O recuo veio do segmento residencial, que reduziu o consumo em 4,3%, mesmo com um crescimento de 2,6% no número de unidades consumidoras. Nem mesmo o setor industrial, afetado diretamente pela recessão, gastou menos energia no ano passado - o crescimento foi de 1,3%. O resultado total das vendas da distribuidora, incluindo o mercado livre (que teve uma retração de quase 10%), foi um recuo de 1%.

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