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O caso do Rio de Janeiro ensina um bocado sobre a gestão de recursos. O estado quebrou, e sua crise lembra a de países dependentes do petróleo, como a Venezuela e a Rússia. Quando o preço do óleo baixou, eles quebraram. O Rio quebrou quando os royalties da exploração desse hidrocarboneto minguaram. Isso porque a administração local havia incorporado esses recursos, que são extraordinários – ou seja, não são provenientes das fontes “normais” de recursos, que são os impostos –, para pagar despesas do dia a dia.

Como quebrar uma família

Semelhantemente, seguem o mesmo caminho de perdição as famílias que usam recursos extraordinários, como o limite do cartão de crédito, para pagar despesas correntes – tipo a conta de água, a luz, a escola particular, as compras do supermercado e outras.

Dê uma revisada nas suas contas, caro leitor, e veja se não está repetindo esse erro. É possível que isso tenha acontecido sem você perceber (o Rio também não notou quando começou a apoiar-se nesse dinheiro volátil). Mas acredite: não vai dar certo. E você não vai poder pedir dinheiro ao Temer. Pelo contrário: do jeito que as coisas andam, certamente o contribuinte será chamado a entrar com mais algum.

Viralizar?

Interessante a quantidade de vezes em que a gente se depara, em portais e sites de notícias, com títulos informando que alguma coisa “viralizou”. Normalmente, o verbo, um neologismo, é usado com o significado de que algo se disseminou rapidamente – mais ou menos como o vírus da gripe neste inverno curitibano. Interessante como trata-se de um uso tido como positivo, admirável, que inverte a lógica da Biologia, de quem a ideia foi tomada de empréstimo. Epidemias de informação, aparentemente, são benéficas, ao contrário daquelas espalhadas por vírus de verdade.

Convido o amável leitor a desafiar esse raciocínio. Muitas das fotos e dos textos que “viralizam” nada têm de relevante. Quando se refere a algo com relação ao mundo financeiro, quase sempre são informações falsas ou, no máximo, meias-verdades.

Vacine-se contra informações viralizadas. Não acredite em tudo o que lê. Verifique, informe-se. Assim vai ser mais difícil cair em golpes e truques.

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