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Em tempos de crise, às vezes é bom falar de assuntos mais amenos. Como este, que trago esta semana por sugestão do leitor Evandro. Ele vai viajar para o Peru e não sabe que moeda levar. Dá para comprar a moeda local (sol) aqui no Brasil? Dólar ou euro têm boa aceitação? Ou é interessante levar reais e trocar lá? A questão não vale só para ele: é provável que outros leitores estejam planejando viagens para países cuja moeda não é assim tão “universal” – soles, pesos, bolivianos, guaranis e outros, para ficar só na América do Sul – e tenham questionamentos semelhantes.

Levei o tema ao professor Hugo Meza Pinto, peruano, economista, diretor das Faculdades Santa Cruz. Sua sentença: “o pior que ele pode fazer é levar reais”. Há uma razão para isso: o câmbio é uma atividade econômica como qualquer outra, e é regido pela oferta e demanda. Assim, quanto maior a disponibilidade de moeda, melhores as chances de fazer um negócio.

Como o mercado de reais mundo afora é pequeno, as chances de o brasileiro encontrar bons preços são diminutas. Uma possível exceção está em Buenos Aires e em algumas cidades fronteiriças. “Em geral, tentar comprar ou trocar reais aumenta os preços, complica tudo”, resume Meza Pinto.

O dólar, em viagens para a América Latina, costuma ser a melhor opção. “O Peru transaciona muito bem com dólar, inclusive é possível abrir contas em dólar por lá”, explica o economista. “Em Lima, há câmbio quase em cada esquina.” Em países como o Equador e o Panamá, o dólar dos EUA é moeda corrente. Mesmo com o dólar relativamente caro no Brasil, compensa comprar a moeda americana aqui e trocar por dinheiro local.

Convém ainda trocar dólares por moeda local à medida que for consumindo. Assim você evita trazer dinheiro estrangeiro para casa. Excetuando dólar ou euro, não há mercado para ele aqui, o que significa guardar um prejuízo na gaveta.

Quem se interessa por turismo no Peru pode dar uma olhada nas dicas que o professor Hugo tem em seu blog: goo.gl/jYunoY.

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