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AGazeta do Povo nos trouxe, nesta quinta-feira (20), mais duas notícias relevantes para entender os rumos do consumo em nosso país nos próximos meses. A taxa de desemprego em abril foi a maior desde março de 2011, chegando a 6,4%. Além disso, há indicação de encolhimento da economia brasileira em 0,81% no primeiro trimestre desse ano, segundo o índice IBC-Br, divulgado pelo Banco Central, e que funciona como indicador antecedente do PIB (Produto Interno Bruto). Junte-se a isso a tendência de aumento de inflação, perda na média salarial do trabalhador, alto endividamento, risco de desemprego e juros mais altos, e você terá um venenoso coquetel para o consumo. Sobra muito mês para pouco salário e o receio do desemprego faz com que as famílias segurem seu consumo.

O comércio paranaense na contramão da crise

No último dia 19 a Fecomércio-PR divulgou sua Pesquisa Conjuntural, que mostra que o comércio teve um crescimento de 5,66% nas vendas no primeiro trimestre desse ano, comparado a igual período do ano passado. A pesquisa mostra que os setores que mais influenciaram os resultados foram combustíveis (27,2%), lojas de departamentos (9,9%), farmácias (9,2%), óticas, cine, foto e som (7,6%) e supermercados (7,5%). Com esse detalhamento já é possível começar a entender esse desempenho, que possivelmente está influenciado pelo próprio reajuste de preços nesses segmentos. Já segmentos como concessionária de veículos (-17,2%), autopeças (-7,2%), vestuário e tecidos (-6,8%) e calçados (-5,2%) amargaram retração de seu faturamento no primeiro trimestre.

  • Faturamento do comércio paranaense cresce 5,66% no primeiro trimestre.
  • Crescimento no faturamento de combustível e supermercado estão entre os responsáveis pelo aumento.
  • Aumento no faturamento do comércio é heterogêneo no Paraná, havendo também retração em algumas regiões.

Resultado heterogêneo nas regiões do estado

O aumento no faturamento do comércio paranaense foi puxado por Curitiba e Região Metropolitana, que observou 9,47% de aumento no primeiro trimestre, seguido da região Sudoeste com 2,48%. Entretanto, a situação foi bem diferente nas demais regiões, aonde chegou a ser observada queda no faturamento nas regiões de Ponta Grossa (-3,23%) e Maringá (-0,51%). Por fim, as regiões Oeste e de Londrina observaram respectivamente 1,39% e 1,36% de aumento no faturamento.

A Fecomércio-PR ressalta também a influencia da sazonalidade nos números da pesquisa, devido ao impacto do carnaval, e reforça que as expectativas para 2015 são pouco favoráveis, tanto por parte de empresários como de consumidores. A pesquisa tomou por base 1.600 empresas de variados portes nas diferentes regiões do estado do Paraná.

Adaptação à realidade

Você que está aí conduzindo seu negócio, empresário, executivo ou trabalhador, já percebeu a essa altura desse longo ano de 2015, que os orçamentos das empresas e das famílias estão se adaptando a essa realidade. Todos falam em contenção de despesas e cortes de orçamento, de modo que disputar esse dinheirinho passou a ser o quebra-cabeças de todos aqueles que estão dispostos a perseverar no aguardo de momentos melhores. E fica a pergunta que não quer calar: para onde vai toda a arrecadação de impostos fabulosa que é gerada no Brasil? Se retornasse à sociedade na forma de serviços públicos de qualidade, infraestrutura, educação e saúde, será que sobraria orçamento para as empresas e famílias consumirem?

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