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A Kroton aumentou sua oferta e o conselho de administração da Estácio aceitou os novos termos para ser adquirida pela rival direta, informaram as companhias de educação superior privada nesta sexta-feira (1º). A fusão cria uma gigante universitária no país, ao unir a atual líder e a vice-líder do setor.

A nova oferta da Kroton envolve relação de troca de 1,281 ação de sua emissão por cada papel da Estácio e também distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da Estácio de R$ 170 milhões, o que representa cerca de R$ 0,55 por papel da companhia.

A operação ainda depende de alguns trâmites administrativos e da aprovação das autoridades regulatórias. Analistas do setor consideram que a fusão da Estácio com a Kroton enfrentaria restrições do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Segundo estudo da consultoria CM Consultoria com base em dados do MEC de 2014, a união com a Kroton geraria uma instituição com mais de 1 milhão de matrículas de graduação.

Disputa

Na quarta-feira (29), a Ser Educacional havia aumentado sua proposta pela fusão com a Estácio.

A Ser havia elevado para R$ 1 bilhão a proposta que havia feito no início de junho, em que oferecia R$ 590 milhões como prêmio aos acionistas da Estácio para unir as duas empresas. A proposta representava um aumento de R$ 1,92 para R$ 3,25 por ação da Estácio na distribuição dos dividendos aos atuais acionistas da rede fluminense.

A Kroton começou com uma proposta em que as duas empresas se fundiriam e os atuais acionistas da Estácio receberiam ações da Kroton. Cada ação com voto da Estácio valeria 0,977 da ação da líder do setor. Como a relação foi considerada insuficiente pela Estácio, a Kroton elevou o número para 1,25 ação de sua emissão por papel da rival. Mas ainda ficou longe do 1,6 que a família Zaher, uma das principais acionistas, gostaria de alcançar ou do 1,4 que poderia ser considerado meio-termo.

A família Zaher é a segunda maior acionista da Estácio, com aproximadamente 13% de participação. Representada por seu assessor financeiro, Nelson Rocha Augusto, a família tem conversado com bancos e pretende oferecer cerca de R$ 2 bilhões aos fundos que são acionistas da Estácio em troca de elevar a participação familiar para 51% e impedir a venda à Kroton, conforme a Folha de S.Paulo antecipou.

A notícia de que a família poderia elevar sua participação gerou desconforto dentro do conselho da empresa. Também indispôs Chaim Zaher, hoje presidente da Estácio, e outros sócios da rede, investidores institucionais que também têm papéis da Kroton, e que já deram sinais de que estão de acordo com a união com líder do setor.

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