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| Foto: Arnaldo Alves/ANPr

Um consórcio formado pela chinesa State Grid (com 51% do capital) e pela paranaense Copel (49%) receberá financiamento de R$ 440 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A aprovação da “colaboração financeira” foi anunciada nesta terça-feira (28) pelo banco de fomento. O dinheiro vai financiar linhas de transmissão que já estão em construção – e atrasadas – nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do país.

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A Guaraciaba Transmissora de Energia (TP Sul), que receberá os recursos aprovados agora pelo BNDES, é responsável pela construção e operação de duas linhas de transmissão entre os estados de Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais e uma subestação anexa à usina hidrelétrica Marimbondo, em Fronteira (MG). O consórcio conquistou a concessão em leilão realizado há quatro anos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Essas linhas, que somam 624 quilômetros, vão se conectar ao sistema de transmissão Matrinchã, com 1.007 quilômetros, no estado de Mato Grosso. Também arrematado em 2012, ele é controlado por outra parceria entre State Grid e Copel, a Matrinchã Transmissora de Energia (TP Norte), que recebeu R$ 691 milhões do BNDES a partir do fim de 2013.

Os sistemas de Guaraciaba e Matrinchã serão responsáveis pelo escoamento da energia produzida pela hidrelétrica de Teles Pires, localizada no norte de Mato Grosso.

Atrasos

Embora o financiamento para o consórcio Guaraciaba tenha sido aprovado somente agora, as linhas de transmissão já estão em construção, e atrasadas em relação ao cronograma original. Elas deveriam ter entrado em operação em janeiro de 2015. A última previsão da Aneel, não cumprida, estimava que o empreendimento ficaria pronto no fim de maio deste ano.

A construção das linhas da Matrinchã, que deveriam ter entrado em operação junto com as da Guaraciaba, também atrasou. O relatório mais recente da Aneel, de 13 de junho, indica como “concluído” o status do sistema Matrinchã, mas o mesmo documento ressalta que “ainda há pendências a serem sanadas”, com conclusão prevista para o dia 30 deste mês.

Prejuízos

A Copel decidiu, em agosto de 2015, colocar mais R$ 100 milhões nos dois empreendimentos para acelerar as obras, no que foi seguida pela State Grid.

O conselho de administração da companhia paranaense ordenou que a diretoria analisasse os projetos para apurar eventuais prejuízos e “havendo prejuízos, apontar os motivos e, se pertinente, adotar medidas de ressarcimento junto aos mandatários que deram causa a esses prejuízos.”

O conselho também determinou a implantação de “controles adicionais, para um acompanhamento mais rigoroso do desempenho físico-financeiro da implantação do projeto”.

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