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Peças de vidro da Raiar da Aurora são preparadas manualmente com a técnica milenar do sopro. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Peças de vidro da Raiar da Aurora são preparadas manualmente com a técnica milenar do sopro.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Produzir peças de vidro utilizando métodos artesanais. Essa é a principal estratégia da Cristaleria Raiar da Aurora para continuar no mercado, apesar da entrada dos produtos chineses e da concorrência com fábricas automatizadas. A empresa, fundada no Paraná na década de 30, conta com uma equipe de vidreiros profissionais para moldar manualmente os artigos que são vendidos para lojas de decoração e cachaçarias.

GALERIA: Veja o processo de fabricação de vidros artesanais

O negócio foi fundado há 80 anos por Victorio João Brunor, um especialista em vidros, e era focado na produção de cristais. A expansão aconteceu no final da década de 40, quando foi inaugurada a sede em Curitiba. A empresa começou a investir em outros produtos, como frascos de remédios e vidros para conservas caseiras, e passou a utilizar material reciclado como matéria-prima.

Hoje com 65 funcionários na produção, a Raiar da Aurora não deixou de preparar vidros artesanalmente e tem mais de 60 itens no catálogo. A opção de manter o antigo método de fabricação é justamente para se diferenciar das grandes indústrias vidreiras, com produção quase toda automatizada. Com isso, a fábrica paranaense consegue atingir outro nicho de mercado: os pequenos negócios.

Como muitas empresas querem testar novos formatos, optam por contratar a Aurora para produzir moldes em pequenas quantidades. “As grandes indústrias produzem em larga escala, o que fica muita caro para pequenas e médias empresas ou para quem ainda está testando um novo artigo”, explica João Carlos Brunor, gerente da Raiar da Aurora. Também há os casos de companhias que lançam coleções limitadas e que preferem o vidro feito de maneira artesanal para agregar mais valor ao produto final.

As peças que a Raiar da Aurora confecciona são feitas através da técnica milenar do sopro. Nela, um profissional retira uma bola de vidro do forno e, com uma barra de ferro na palma das mãos, vai moldando até que o material ganhe forma. Para obter o resultado desejado, com riqueza de detalhes, é necessário soprar enquanto o vidro é modelado. Como é quase impossível encontrar pessoas que dominem essa etapa, todos os funcionários passam por treinamentos que duram meses.

Copos, fruteiras, saladeiras, jarros, garrafões e vasos são exemplos de artigos produzidos manualmente. Já garrafas e potes são feitos por máquinas semiautomáticas. Diferente das indústrias automatizadas, os equipamentos manipulam a matéria-prima usando princípios similares à técnica do sopro.

  • No forno a 1300 graus, João da Silva retira o pedaço de vidro derretido
  • Com a haste, João enrola o pedaço de vidro que vai virar garrafão
  • O pedaço de vidro na haste sai incandescente do forno
  • Aqui o vidro vai sendo moldado conforme vai sendo girado
  • Aqui o vidro vai sendo moldado conforme vai sendo girado
  • O pedaço incandescente vai ganhando forma
  • Uma garrafa esfria depois de sair da forma
  • David Matias Ramos um dos mestres sopradores dando forma a um garrafão
  • David Matias Ramos um dos mestres sopradores dando forma a um garrafão
  • O garrafão depois de semi pronto começa a esfriar e ficar transparente
  • João da Silva um dos mestres sopradores dando forma de garrafão a um pedaço de vidro derretido
  • O vidro sai de um calor de 1300 graus para ser derramado nas formas
  • David Matias Ramos dando forma a uma garrafa
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