As especulações em torno da saída do ministro Joaquim Levy (Fazenda) do governo são vistas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como um sinal de instabilidade que pode assustar o mercado.
“Para o mercado, o importante é não passar confronto de posições entre aqueles que fazem a prática da política econômica. O mercado se assusta com embates, porque parece que essas posições ficam sem previsibilidade e ele precisa mesmo é de definição”, avaliou Cunha na tarde desta quinta-feira (4).
Na quarta (2), Levy procurou a presidente Dilma Rousseff e o vice, Michel Temer, e reclamou de isolamento e falta de apoio no governo, o que colocou em dúvida sua permanência no cargo se a situação não mudar.
Após a reclamação do ministro, a presidente Dilma fez um desagravo a ele após cerimônia no Palácio do Planalto e afirmou que, dela, ele não está isolado.
Além disso, nesta quinta, ela convocou reunião com a equipe para dar unidade interna em torno de Levy e evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio.
Cunha comentou ainda a recusa de Temer em reassumir a articulação política. Dilma pediu que ele retomasse o posto de conversas com a base aliada no Congresso, mas o vice recusou.
“Eu já dizia que ele deveria sair da articulação política, que estava sendo sabotado, como de fato ele estava. Então, consequentemente, não tem razão nenhuma para ele voltar para o posto. Acho que ele está correto”, avaliou o deputado.
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