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O Brasil é um dos países mais caros para se viver na América Latina, segundo dados preliminares de uma pesquisa que compara dados de dez países da região, realizada em conjunto por instituições internacionais. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira pelo IBGE, revela que o Brasil só perde, e por pouco, para o Chile quando comparados os preços de uma mesma cesta de produtos e serviços coletados em 2005. Se uma pessoa comprar ou contratar os mesmos itens nos outros oito países pesquisados (Argentina, Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), encontrará preços mais baixos.

O nível de preços do Brasil é 14,2% mais alto do que a média dos vizinhos, enquanto que no Chile os preços desses mesmos produtos e serviços são 17,7% mais caros do que a média regional. Por exemplo, paga-se relativamente mais nesses dois países para se ter um telefone. Por aqui, os eletrodomésticos também são comparativamente mais caros do que nos outros países. Os dados se referem a 2005.

Uruguai (8,0%) e Venezuela (1,3%) também apresentam preços acima da média. O custo é mais baixo na Bolívia, cujos preços equivalem quase à metade (53,8%) dos preços registrados nos vizinhos. O país é seguido por Paraguai (57,4%), Argentina (77,5%), Colômbia (85,3%), Equador (85,7%) e Peru (85,8%).

A carne é muito mais cara no Chile do que em países que produzem esse produto, como Argentina e Paraguai. O café, por sua vez, é relativamente mais caro no Chile e no Uruguai, e mais barato no Brasil.

Produtos farmacêuticos são caros no Uruguai e no Brasil, porém baratos no Chile e no Equador.

Veículos automotores são mais baratos no Chile e na Argentina, porém, no Brasil, que é o maior país produtor, os preços não estão longe da média regional.

Livros são caros no Chile, Brasil e Venezuela, porém baratos na Argentina. Equipamento de vídeo e produtos eletrônicos são mais baratos no Chile e na Colômbia. Jantar fora é mais barato no Brasil, na Bolívia, Paraguai e Colômbia, mas é caro nos países com a maior renda per capita (Argentina, Chile e Uruguai).

A pesquisa, chamada de "Programa de Comparação Internacional", foi divulgada nesta quarta-feira no IBGE e criada pelo Banco Mundial (Bird). Em 2003, o Bird iniciou uma versão mundial do programa com o objetivo de medir as paridades de poder de compra, os níveis correspondentes de preço e volume do Produto Interno Bruto (PIB) numa base comparável para mais de 100 países, agrupados em 5 regiões, sendo uma referente à América Latina.

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