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Ana Carolina Malucelli mudou a carreira após um curso em inovação. | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
Ana Carolina Malucelli mudou a carreira após um curso em inovação.| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Ana Carolina Malucelli é uma inovadora, característica que carrega já em seu cargo como gerente de sucesso do cliente em uma startup em Curitiba. Formada em Relações Internacionais e insatisfeita com as burocracias da sua carreira em uma multinacional, ela se arriscou em algo novo e muito diferente do que fazia. Encorajada por esse perfil empreendedor, matriculou-se em um curso focado em inovação e deu um novo rumo à sua vida profissional.

A história de Ana Carolina está longe de ser um caso isolado. Só na capital paranaense, já são mais de 20 cursos com esse viés, o que mostra um crescimento no interesse na carreira.

Para o coordenador do Núcleo de Empreendedorismo e Inovação da Escola de Negócios da PUCPR, Paulo César Porto, o cenário de crise faz com que o mercado demande profissionais capazes de fazer com que a empresa tenha uma colocação diferenciada. “Toda crise gera oportunidades, mas ela também não aceita erros. Não há mais espaço para tentativa e erro. Então, é preciso de alguém que saiba como otimizar os processos”, explica o professor.

Tanto que é nessa polivalência que muitos cursos de inovação apostam. Em um período em que as empresas procuram enxugar seu quadro de funcionários, se tornar mais eficiente é palavra de ordem e ter alguém especializado em criar soluções é fundamental. Assim, como conta a professora do curso de Inovações para Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas da Faculdade Opet, Michele Arnaud, a solução é capacitar os alunos para que eles sejam capazes de atuar em várias frentes, ajudando na redução dos custos.

A maior atenção dada à parte prática e à aproximação com empresas e startups é outro dos grandes atrativos desses cursos, permitindo que a pessoa tenha uma vivência maior do mercado. “Há um contato muito grande com todo o ecossistema empreendedor que dá um panorama de como tudo funciona”, explica Ana Carolina. E, segundo ela, foi essa característica que a ajudou a conseguir o novo emprego.

Como explica o professor da FAE Luis André Fumagallia, um dos diferenciais dos cursos de inovação é a possibilidade de fazer o aluno pensar em alternativas àquilo que já existe. “O incentivo à criatividade, ao pensar fora da caixa, faz com que você desenvolva a capacidade de encontrar oportunidades”, diz.

De acordo com ele, essa é uma característica interessante não apenas para as empresas, mas também para quem quer abrir seu próprio negócio, como Ana Carolina. Mesmo com seu cargo na startup, ela acredita que os conhecimentos adquiridos na pós-graduação vão ser úteis na hora de transformá-la em uma empreendedora.

Empresas abrem oportunidades para quem quer mudar a forma de fazer as coisas

Os cursos voltados à inovação também abrem espaço para os profissionais que procuram deixar sua marca dentro das empresas. Conforme aponta Ana Carolina Malucelli, as companhias ainda têm uma grande dificuldade de se reinventar e essa brecha é uma oportunidade para quem quer fazer algo de novo. “Há um movimento de empoderamento do funcionário para que eles tragam resultados. Elas estão dando mais espaço para o que chamamos de intraempreendedores”, conta a jovem, destacando como esse perfil inovador pode ser usado para reinventar processos.

A busca por novas soluções é algo que parece estar no DNA dessa categoria de pós-graduação. Para Ana Carolina, os alunos são pessoas inquietas e que não gostam de “coisas convencionais”, o que facilita na hora de fazer a diferença. “Revolucionar o que é tradicional e contribuir positivamente para a empresa é uma ótima forma de deixar sua marca lá dentro”, conclui.

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