Entre o operacional e o estratégico, empreendedores e executivos compartilham características semelhantes. A diferença está entre a segurança de um ambiente corporativo já consolidado e a construção do seu próprio negócio. Mas ambos precisam desenvolver visão estratégica, atenção às necessidades de mercado, disposição para execução de projetos e articulação com parceiros. “A diferença vai estar no âmbito em que cada um vai atuar. Um vai se relacionar com áreas internas de uma empresa e seus fornecedores. O outro vai buscar construir parceiras com mercado e buscar oportunidades”, diz o professor Alberto Johwan Oh, coordenador do curso de Administração do Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba).
Confira as fotos do primeiro Papo U 2015
A diferença entre a carreira corporativa e o empreendedorismo foi o tema do primeiro Papo U 2015, realizado pela Gazeta do Povo e o UniCuritiba na noite desta quarta-feira, 27, no Museu Oscar Niemeyer. Uma plateia lotada de jovens universitários ouviu os depoimentos de exemplos das duas trajetórias. O executivo Diego Felipe Costa, gerente de marca Make B., de O Boticário e o empreendedor Aléssio Alionço, fundador da Pipefy, contaram sobre suas experiências profissionais. Um debate com a participação do professor Alberto Johawan Oh e a estudante Emanuella Abujamra Deconto, fundadora da REthink, empresa especializada em soluções sustentáveis, contribuiu para a discussão da diferença entre as opções profissionais.
A experiência empreendedora de Alionço começou na graduação, durante a passagem dele pela consultoria júnior da Universidade Federal do Paraná. O contato com empreendedores reais despertou o desejo de buscar as melhores soluções para seus fornecedores. Foi assim que ele criou o Acessozero, portal de compras com desconto, vendido três anos e meio depois para um grande player do segmento na América Latina. A observação das necessidades do mercado abriu o caminho para o atual empreendimento, o Pipefy, plataforma de software de gestão para micro e pequenas empresas. “Essa é uma característica fundamental no empreendedorismo, nada de ideias geniais, a questão é executar. Estar atento a uma experiência ruim ou problema mal resolvido que pode ser uma oportunidade de negócio”, diz.
Líder de uma equipe com sete pessoas, Diego Costa, executivo de O Boticário, chegou a ter propostas para empreender, mas sempre focou na carreira corporativa. Abriu mão do exercício da profissão de design gráfico, para a qual se preparou na universidade. A experiência no curso de Administração foi mais forte na hora de apostar na carreira profissional. “O perfil do executivo é diferente, tem desafios distintos. O trabalho em equipe, a infraestrutura para recursos de toda ordem dão outra perspectiva na hora de executar cada projeto”, explica.
Decidir o melhor caminho é o grande dilema do jovem universitário. A experiência de Emanuella Deconto tem respaldo da herança familiar, essencialmente empreendedora, mas também com o apoio do trabalho desenvolvido na graduação. A estudante de administração fundou uma empresa com enfoque em soluções sustentáveis, como a utilização eficiente de iluminação com lâmpadas LED. O suporte para a elaboração do negócio dentro do curso foi fundamental. “É uma ligação importante entre a teoria e a prática”, explica Emanuella.
A educação empreendedora foi o principal realinhamento do curso de Administração do UniCuritiba. Desde 2013 , a disciplina é a base da grade de oito cursos da instituição, atendendo a uma demanda exigida pelo próprio mercado. “A aproximação da academia e o mercado é fundamental para melhorar a formação dos alunos”, diz Johawan.
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