As despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento, que até este ano eram imunes a bloqueios, devem sofrer em 2015 uma redução de pelo menos 30%. A estimativa é do ministro Nelson Barbosa (Planejamento).
Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6), ele afirmou que os gastos com o programa devem fechar o ano entre R$ 37 bilhões e R$ 40 bilhões. Em 2014, as despesas foram de R$ 57,7 bilhões, com alta de 29% em relação a 2013.
“Nós estamos vivendo uma restrição fiscal, essa restrição fiscal implica que o governo está tendo que fazer contingenciamento em vários programas, o PAC inclusive”, dise Barbosa
Os limites de despesas para os diferentes programas e ministérios só serão oficializados com a publicação do decreto que estabelecerá o bloqueio orçamentário para todo o ano, o que ocorrerá dentro de duas semanas. No primeiro trimestre do ano, as despesas com o PAC somaram R$ 10,6 bilhões, queda de 37% em relação ao mesmo período de 2014.
“Estamos procurando pagar tudo que é devido o mais rápido possível, completar o que está em andamento e iniciar coisas novas na velocidade que nosso Orçamento permite”, disse Barbosa.
Ele frisou que a tentativa de reduzir as despesas não obrigatórias do Executivo é uma das facetas do ajuste fiscal do governo.
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