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Armando Monteiro quer parceiros comerciais mais dinâmicos. | José Cruz/Agência Brasil
Armando Monteiro quer parceiros comerciais mais dinâmicos.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Na visão do ministro do Desenvolvimento e Comércio Exterior, Armando Monteiro, a cotação atual do dólar é uma “janela de oportunidade” para as exportações, que precisa ser aproveitada. Ele acredita que a depreciação do real veio para ficar. Em entrevista ao jornal O Globo, Monteiro destacou que o câmbio valorizado pode mitigar o efeito do custo Brasil e estimular a substituição de importações.

“Ninguém contesta que a exportação, agora, é um canal que não podemos, de forma alguma, deixar de considerar. O dólar está nos dando uma janela de oportunidade”, afirmou, embora reconheça que a cotação atual tem reflexos da instabilidade do momento. “Mas, descontado esse efeito, o real vai continuar a ter uma tendência de depreciação”, acrescentou o ministro, graças ao fortalecimento da economia norte-americana. “A política monetária lá está mudando, para elevar os juros. Tudo aponta para que se tenha, em perspectiva de médio prazo, essa depreciação”, explicou.

Monteiro destacou outra consequência da valorização do dólar. “Ela estimula a substituição de importações. A indústria recupera espaço perdido para importação”, explicou.

Parcerias

O ministro ainda defendeu que o Brasil busque parceiros comerciais com mais dinamismo. “O Mercosul foi uma grande conquista e não vamos abandoná-lo, mas temos de ter um olhar sobre outras áreas, como o mercado americano. Os Estados Unidos representam uma grande perspectiva de negócios na área que mais nos interessa, que é a de manufaturados. Como a Argentina ficou retraída, vendemos mais manufaturados para o mercado americano no ano passado”, disse.

A costa do Pacífico é outra região com que Monteiro quer estabelecer melhores relações. “Há boas oportunidades de melhorarmos nossas exportações para Colômbia, Peru e Chile. A indústria automobilística pode ter presença ampliada nesses mercados, e renovamos o acordo automotivo com o México”, completou o ministro.

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