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O dólar fechou em queda ante o real nesta terça-feira (5), mas longe das mínimas da sessão, à medida que investidores buscam um nível de equilíbrio para a moeda após quatro sessões de avanço que vieram na sequência de semanas de quedas.

A moeda norte-americana caiu 0,39%, a R$ 3,0687 na venda, após atingir R$ 3,0925 na máxima e R$ 3,0422 na mínima da sessão. Nas quatro sessões anteriores, o dólar acumulou alta de 5,44%. Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.

A divisa dos Estados Unidos também recuava em relação a outras moedas emergentes importantes, o que corroborava o alívio no mercado doméstico.

“Em termos de fundamento, o dólar deveria oscilar um pouco acima de R$ 3, mas a volatilidade está muito alta. O mercado está procurando um nível para se assentar”, destacou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O banco BNP Paribas, em relatório, ressaltou que a volatilidade cambial segue alta no Brasil, mas a tendência é que diminua. O modelo cambial do banco estimou o nível justo do câmbio em R$ 3,016, com base em indicadores econômicos, no balanço de pagamentos e nos termos de troca. Considerando os níveis atuais do dólar, o BNP Paribas não fez recomendações para posições cambiais.

Cenário

De maneira geral, operadores concordam que o câmbio será guiado nas próximas semanas pelas perspectivas em relação ao ajuste fiscal no Brasil e às políticas monetárias brasileira e norte-americana.

Na quinta-feira será divulgada a ata da reunião do Copom da semana passada, que pode trazer luz sobre o futuro da taxa Selic, enquanto o relatório de emprego nos Estados Unidos – importante dado para balizar apostas sobre o início do aperto monetário nos EUA – será conhecido na sexta-feira.

“Se os dados dos EUA vierem bons, o mercado vai voltar a colocar na conta uma alta de juros daqui a pouco, e aí vem mais uma onda de pressão sobre o dólar”, disse o superintendente de câmbio de uma gestora de recursos nacional.

Swap

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, vendendo a oferta total de até 8,1 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou o correspondente a US$ 787 milhões, ou cerca de 8% do lote total, equivalente a US$ 9,656 bilhões.

Bovespa atinge maior nível desde setembro de 2014 com fluxo de estrangeiros

A Bovespa fechou nesta terça-feira (5) no maior nível de pontos desde setembro de 2014, à medida que os investidores estrangeiros continuaram a mostrar um forte apetite pelas ações do país.

No fim do dia, o Ibovespa subiu 1,22%, aos 58.051,61 pontos, maior nível desde o dia 18 de setembro do ano passado. O volume de negócios totalizou R$ 8,055 bilhões, segundo dados preliminares. Em maio, a Bolsa tem alta de 3,24%, e no ano, valorização de 16,09%.

A Bolsa brasileira continua a ser beneficiada por um forte fluxo de capital estrangeiro, após ter registrado volume recorde desses recursos em abril.

A Bovespa encerrou o mês passado com superávit recorde de R$ 7,604 bilhões de capital externo, segundo dados da BM&FBovespa. Esse foi o melhor mês em termos de entrada líquida de capital estrangeiro na Bolsa desde janeiro de 2000 – quando os números começaram a ser compilados pela Bolsa.

Entre os destaques de alta da bolsa estavam os papéis da Vale, Petrobras e Eletrobras. Vale ON (+9,20%), Vale PNA (+5,18%), Petrobras ON (+4,12%) e Petrobrás PN (+4,20%), Eletrobras ON (+12,02%) e Eletrobras PN +13,70%).

Do lado negativo, as ações PN do Itaú Unibanco fecharam em queda de 0,98%. O banco reportou lucro líquido de R$ 5,733 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cifra 29,7% maior que a registrada em igual intervalo do ano passado e levemente acima das projeções dos analistas. Entretanto, o banco revisou algumas projeções para a carteira de crédito e despesas com provisões.

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