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A recente tendência de queda da moeda norte-americana reflete um cenário político local mais tranquilo e dados econômicos norte-americanos mostrando uma recuperação mais lenta que o esperado | Paulo Lisboa/Folhapress
A recente tendência de queda da moeda norte-americana reflete um cenário político local mais tranquilo e dados econômicos norte-americanos mostrando uma recuperação mais lenta que o esperado| Foto: Paulo Lisboa/Folhapress

O dólar fechou em queda de mais de 1% ante o real nesta segunda-feira (27), mantendo a tendência das últimas quatro semanas, com o mercado testando um novo piso para a moeda, em meio à expectativa de que o Federal Reserve demore mais para iniciar o processo de elevação dos juros nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana caiu 1,13%, a R$ 2,9217 na venda, após recuar 1,25% na sexta-feira (24). Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão.

A recente tendência de queda da moeda norte-americana ante o real reflete um cenário político local mais tranquilo e dados econômicos norte-americanos mostrando uma recuperação mais lenta que o esperado, o que pode levar o Federal Reserve a adiar o início do aumento da taxa de juros dos Estados Unidos.

“Ainda tem um eco em relação à questão política local que está mais tranquila. Além disso, o dólar ficou ao redor de R$ 3,10 por um tempo até conseguir romper os R$ 3 a duras penas. Agora está se sustentando abaixo (dos R$ 3) e pode buscar os R$ 2,90”, disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

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No entanto, a negociação da moeda norte-americana abaixo dos R$ 2,90 deve encontrar mais resistência, uma vez que, apesar do otimismo com a situação política local, muitas medidas fiscais ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional.

“Para cair mais tem que ter bases mais sólidas, mais definições com relação à política fiscal, por exemplo. Se tiver uma queda abaixo dos R$ 2,90 vai ser mais especulação do que qualquer outra coisa”, disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Cenário externo

Na quarta-feira (29), os Estados Unidos divulgam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre pela manhã e, à tarde, acontece o anúncio da decisão de política monetária pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.

“A visão de que a economia dos EUA retornou a um caminho de crescimento forte o suficiente para permitir ao Federal Reserve iniciar a normalização da política monetária tem sido desafiada por uma série de dados decepcionantes. Isto vai culminar com a primeira estimativa do PIB do primeiro trimestre, em 29 de abril”, disse a Brown Brothers Harriman, em relatório a clientes.

Swap

Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou um pouco mais de 86% do lote total.

Ibovespa realiza lucros e termina em baixa de 1,87%

A Bovespa abriu a semana em baixa, após ter subido nos três últimos pregões, embolsando parte dos lucros recentes. Petrobras conduziu o movimento, enquanto Vale operou praticamente o dia todo em alta, perdendo força no final.

O Ibovespa terminou o pregão desta segunda-feira (27) com perda de 1,87%, aos 55.534,50 pontos. No mês, acumula alta de 8,57% e, no ano, de 11,05%. O giro financeiro totalizou R$ 7,493 bilhões.

O rebaixamento da Petrobras pelo Morgan Stanley foi um pretexto para as ações engatarem uma sessão de perdas, comentaram profissionais. Com isso, a ação ON terminou em baixa de 7,28%, a maior baixa de Ibovespa, e a PN, de 5,13%.

Vale trabalhou praticamente o dia todo em alta, mas perdeu força no final. A ON subiu 1,12% e a PNA acabou recuando 0,48%. A alta do minério de ferro está por traz da recuperação recente das ações. Nesta segunda, o preço subiu 3%, a US$ 58,7 a tonelada, na China. Neste mês, o insumo acumula alta de 15%.

No setor siderúrgico, CSN ON disparou 9,41% e Usiminas PNA teve valorização de 4,35%, as duas principais altas do Ibovespa. Por outro lado, Gerdau PN recuou 3,41% e Metalúrgica Gerdau PN fechou em baixa de 6,49%.

Fibria ON, por outro lado, foi a segunda maior queda do Ibovespa, pressionada pelo recuo do dólar e pelo rebaixamento do Morgan Stanley para os ADRs da empresa para underweight. Ainda no setor de celulose, Suzano PNA fechou em baixa de 5,53% e Klabin PN, que anunciou prejuízo de R$ 729 milhões no primeiro trimestre, terminou em -2,45%.

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