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No mês, o dólar acumulou alta de 11,7% ante o real, na maior valorização desde setembro de 2011 | Marcos Santos/USP Imagens
No mês, o dólar acumulou alta de 11,7% ante o real, na maior valorização desde setembro de 2011| Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O dólar fechou em queda de mais de 1% ante o real nesta terça-feira (31), mas encerrou o primeiro trimestre com alta acumulada de 20% em relação à moeda brasileira, em meio as incertezas políticas e econômicas locais e perspectiva de aumento dos juros nos Estados Unidos.

Foi a maior valorização do dólar ante o real em um primeiro trimestre desde 1999, quando o Brasil desvalorizou o real e adotou o regime de câmbio flutuante. No mês, o dólar acumulou alta de 11,7% ante o real, na maior valorização desde setembro de 2011.

Dívida do Tesouro com o BNDES chega a R$ 26 bilhões

Por enquanto o governo pagou apenas R$ 161,73 milhões ao BNDES a título de equalização do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), mas ainda há um saldo de “restos a pagar” de R$ 8,73 bilhões.

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Nesta terça-feira, a moeda norte-americana fechou com queda de 1,26%, a R$ 3,1909 na venda, após cair 0,27% na véspera. O desempenho foi influenciado pela briga para a formação da taxa Ptax, com investidores também aproveitando para embolsar ganhos das fortes altas recentes e acompanhando os comentários do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no Senado Federal.

Governo central registra déficit de R$ 7,4 bilhões em fevereiro

Esse é o pior resultado para meses de fevereiro desde o início da série histórica do Tesouro Nacional, em 1997

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Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro na sessão foi de cerca de US$ 2,8 bilhões.

Cenário local

“Estamos vendo mais um reflexo ao movimento interno do que externo”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, acrescentando que o mercado avalia positivamente a atuação de Levy na condução das mudanças necessárias para a economia.

As questões locais fizeram com o que o dólar se descolasse do mercado externo, onde a moeda norte-americana subia cerca de 0,4% em relação a uma cesta de moedas.

Além da presença de Levy em comissão no Senado, o dia também foi marcado pela disputa pela formação da Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.

“Hoje teve a briga pela Ptax e teve também um movimento de realização, depois das altas recentes”, disse o operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio Marcos Trabbold.

O dólar abriu em alta de cerca de 1% frente ao real, com os negócios influenciados por dados fiscais do governo central que mostraram déficit primário de R$ 7,4 bilhões no mês passado, o pior resultado para meses de fevereiro na série histórica iniciada em 1997. Na máxima da sessão, a moeda chegou a ser negociada a R$ 3,2695.

Mais tarde, o Banco Central divulgou que o setor público brasileiro apurou déficit primário de R$ 2,3 bilhões em fevereiro.

Em meio a essas divulgações, Levy falou por cerca de sete horas na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde afirmou que a recuperação da economia brasileira vai depender “de grande parte” da ajuda de Estados e municípios e que a segurança tributária é importante para retomar investimentos.

“O mercado avalia que (o ministro da Fazenda, Joaquim) Levy vai tomar decisões boas para a economia, esse é o mote do dia, o reflexo de boas expectativas”, completou Galhardo.

Swap

Nesta manhã, o BC fez a última intervenção diária no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de 2 mil swaps cambiais, com volume equivalente a US$ 98,2 milhões. Foram vendidos 1,5 mil contratos com vencimento em 1º de dezembro de 2015 e 500 contratos para 1º de abril de 2015.

O Banco Central fez ainda dois leilões de venda de até US$ 2,5 bilhões ao todo com compromisso de recompra. A taxa de recompra da primeira operação, em 4 de agosto de 2015, ficou em R$ 3,324480 e a da segunda operação, em 2 de setembro de 2015, foi de R$ 3,355420.

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