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O dólar subiu mais de 2% ante o real nesta segunda-feira (4), após o Banco Central sinalizar que deve rolar apenas parcialmente os swaps cambiais que vencem em junho, mesmo diante da forte alta da moeda norte-americana nas três sessões passadas.

A moeda norte-americana fechou com alta de 2,24%, a R$ 3,0807 na venda, após acumular avanço de 3,13% nos três pregões anteriores. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 730 milhões.

Na quinta-feira (30), o dólar marcou a maior alta diária ante o real em mais de um mês e, após o fechamento dos negócios, o BC anunciou que faria nesta manhã leilão de rolagem de swaps cambiais com oferta de até 8,1 mil contratos. Se mantiver esse ritmo de oferta diária até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, rolará cerca de 80% do lote total, equivalente a US$ 9,656 bilhões.

“Se o BC não faz questão de coibir essa alta do dólar, o mercado aproveita e puxa a cotação”, disse o operador de câmbio da corretora Intercam, Glauber Romano.

A autoridade monetária vendeu a oferta total de swaps no leilão.

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EUA

A perspectiva de que a recuperação da economia dos Estados Unidos abre espaço para uma alta de juros em breve também vem pressionando o câmbio globalmente. Na sexta-feira, com o mercado brasileiro fechado devido ao feriado do Dia do Trabalho, uma leva de dados positivos sobre a maior economia do mundo reforçou essas apostas e levou a moeda norte-americana à máxima em duas semanas contra o iene.

O relatório de emprego do governo dos EUA, a ser divulgado na sexta-feira, deve trazer mais pistas sobre esse tema, sustentando a volatilidade nos mercados. De maneira geral, no entanto, analistas não esperam que o dólar volte a ser negociado nas máximas atingidas em março, acima de R$ 3,20 , uma vez que a alta taxa de juros brasileira deve manter o fluxo de investimentos para ativos domésticos.

“Comparado com outros países emergentes, o Brasil ainda oferece rendimentos excelentes, mesmo descontando todos os riscos”, disse o operador de uma corretora nacional.

Vale e Petrobras disparam e Bovespa fecha na máxima em seis meses

A Bovespa começou maio com fortes ganhos, que levaram seu principal índice a fechar acima dos 57 mil pontos pela primeira vez em mais de seis meses, impulsionada pela disparada dos papéis da Vale e da Petrobras.

O Ibovespa fechou em alta de 2%, a 57.353 pontos, maior patamar desde 14 de outubro de 2014. O volume financeiro nesta segunda-feira somou R$ 7,5 bilhões.

As ações ordinárias da Vale saltaram 9,40% e as preferenciais avançaram 6,34%, movimento amplificado pela alta dos preços futuros e à vista do minério de ferro na China.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 5,75% e as ordinárias de 5,54%, também ajustando-se aos ADRs, com investidores ainda repercutindo comentários do ministro de Minas e Energia sobre a estatal não ser obrigada a participar de leilões de áreas do pré-sal.

A disparada da Braskem de 11,43% também foi destaque, com operadores citando a forte valorização do dólar frente ao real e a cobertura de posições vendidas (short squeeze) entre os fatores para o avanço.

Ações de siderúgicas também foram destaque positivo, ajustando-se ao avanço dos respectivos ADRs e beneficiadas pela alta do dólar, com CSN à frente, em alta de 7,31%.

Na contramão, Cetip caiu 2,52%, após mudanças na regulação do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo com implicações no Sistema de Registro de Operações Financeiras (Sircof), serviço realizado integralmente pela Cetip no âmbito do Sircof tradicional.

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