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A dragagem ocorrerá em três áreas que permitem o acesso de navios – Galheta, bacia de evolução e berço público do Porto – numa extensão de aproximadamente 45 quilômetros. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
A dragagem ocorrerá em três áreas que permitem o acesso de navios – Galheta, bacia de evolução e berço público do Porto – numa extensão de aproximadamente 45 quilômetros.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

As obras de dragagem para aprofundar o Canal da Galheta, que dá acesso ao Porto de Paranaguá, envolvem números superlativos. Ao todo, serão dragados 14,2 milhões de metros cúbicos de areia, quantidade suficiente para encher 15 estádios de futebol como o Maracanã, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

INFOGRÁFICO: Veja no mapa os locais em que a dragagem será feita

45,1 milhões

de toneladas de cargas foram movimentadas pelo Porto de Paranaguá no ano passado. O resultado é 2% superior ao alcançado em 2015. Ao todo, foram exportadas 27,9 milhões de toneladas por Paranaguá em 2016. O crescimento mais significativo foi no embarque de açúcar, que movimentou 5,1 milhões de toneladas e registrou 19% de aumento em relação a 2015.

A dragagem ocorrerá em três áreas que permitem o acesso de navios – Galheta, bacia de evolução e berço público do Porto – numa extensão de aproximadamente 45 quilômetros. A conclusão está prevista para dezembro deste ano, após 11 meses de trabalhos no local. O Ministério dos Transportes está investindo um total de R$ 394 milhões nos serviços de dragagem. Fazia 20 anos que o Porto de Paranaguá não recebia obras de aprofundamento – foram feitas apenas dragagens de manutenção entre os anos de 2012 e 2016.

Fenômeno natural

O assoreamento dos canais de navegação é um fenômeno natural de recomposição dos materiais no fundo dos canais. O Canal da Galheta, que dá acesso aos portos do Paraná, é artificial e foi aberto na década de 1970, o que possibilitou ao Porto de Paranaguá se posicionar como o segundo maior porto público da América Latina e uma das maiores plataformas de exportação de grãos do mundo.

A ordem de serviço para o início da execução do contrato pela empresa DTA Engenharia Ltda, que venceu a licitação, foi assinada na última quinta-feira (2) pelo próprio ministro dos Transportes, Maurício Quintella, em cerimônia no porto.

Zoneamento

O ministro dos Transportes, Maurício Quintella, também assinou a aprovação do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Paranaguá. Formulado em parceria com a comunidade portuária, usuários, entes públicos e privados, o plano é a linha mestra de desenvolvimento dos portos e o primeiro feito em total consonância com o Plano Nacional de Logística Portuária, do governo federal. A partir dele, são estabelecidas as diretrizes para o crescimento da estrutura portuária e da expansão das áreas dos terminais.

Com a nova dragagem, o Canal da Galheta passará a ter 16 metros de profundidade. Hoje, possui 15 metros. Já a bacia de evolução do canal – área utilizada pelos navios para manobra e atracação – ganhará mais dois metros de profundidade, passando de 12 para 14 metros. Já as áreas intermediárias, localizadas entre a Galheta e a bacia de evolução, passarão a ter entre 14 e 15 metros de profundidade.

Com o aumento da profundidade em 1,5 metro nos berços, cada navio que atraca no Porto de Paranaguá poderá ter a sua carga ampliada em 10,5 mil toneladas. Isso representa um aumento mensal, apenas no Corredor de Exportação, de 315 mil toneladas que poderão ser carregadas a mais. Apenas no Terminal de Contêineres será possível carregar 1.050 unidades de contêiner a mais por navio.

Outro ganho importante, explica o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, é ampliar a segurança para a navegação. “A dragagem trará maior segurança, independentemente da maré. Além disso, permitirá promover ganhos de escala para redução do custo Brasil”, disse. Para o ministro Quintella, a obra vai ao encontro da meta da autoridade portuária em manter o nível de espera zero das janelas de entrada de navios de grande porte. “Esta dragagem vai impulsionar o crescimento da capacidade portuária do Estado”, afirma.

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