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Prioridade do governo Dilma, o Ministério da Educação, do lema atual do Executivo – Brasil, Pátria Educadora –, deverá sofrer um corte de R$ 9 bilhões. O valor corresponde a quase 13% dos R$ 69,9 bilhões de bloqueio do Orçamento da União.

Apesar do corte bilionário, a educação será uma das três áreas que vão manter gastos acima dos patamares de 2013. Saúde, educação e Bolsa Família devem ficar com despesas 13% superiores às daquele ano, definido pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) como parâmetro para a execução do Orçamento da União de 2015.

Ao todo, o orçamento da educação é da ordem de R$ 103 bilhões, um dos mais elevados da Esplanada dos Ministérios. O Ministério da Educação ainda ficará com um gasto de R$ 4,1 bilhões acima do mínimo constitucional.

Já a saúde ficará com gastos R$ 13 bilhões acima do mínimo determinado pela Constituição. No Ministério do Desenvolvimento Social, o corte preserva o orçamento do Bolsa Família, de R$ 27,7 bilhões.

Nas últimas reuniões com a presidente Dilma, Joaquim Levy acertou com a chefe que a redução no Orçamento deste ano faria os gastos de 2015 ficarem no mesmo patamar de 2013. O ano de 2014, de eleição, foi considerado “fora da curva” e, por isso, não deve ser repetido.

No mesmo dia do anúncio do corte o governo editou medida provisória elevando a cobrança de tributos de bancos na busca de reforçar o caixa, num momento de queda de receitas, e para mostrar que suas medidas também atingem o “andar de cima”. A alíquota da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) sobe de 15% para 20% para instituições financeiras, com potencial de geração de R$ 4 bilhões de recursos extras.

Mais impostos

O governo prepara ainda outros impostos que podem subir caso o pacote de ajuste fiscal seja muito desfigurado na votação no Senado.

A presidente Dilma, por exemplo, foi obrigada a ceder às pressões de senadores petistas para aprovar a MP 665, que trata de benefícios trabalhistas. Ela concordou em vetar a criação de uma carência de três meses para que o trabalhador tenha direito ao recebimento do abono salarial de até dois salários mínimos.

O acordo é que o Senado vote a MP 665 como saiu da Câmara, mas a presidente vete o dispositivo. Com isto, volta a valer a regra atual, que dá ao trabalhador o direito de receber o abono desde que tenha trabalhado pelo menos 30 dias.

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