Elon Musk quer conectar cérebros a computadores para transmissão automática de pensamentos

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O milionário Elon Musk, fundador da companhia de carros elétricos Tesla e do projeto espacial SpaceX, anunciou a criação da startup Neuralink para exploração de uma tecnologia que vai conectar cérebros humanos a computadores. O objetivo é fazer com que os humanos transmitam pensamentos para um dispositivo de maneira automática, sem precisar interagir com o aparelho eletrônico.

O sonho espacial de Elon Musk

As informações foram divulgados em primeira mão pelo jornal Wall Street Journal , dos Estados Unidos. Horas depois, Musk tuítou afirmando que mais detalhes sobre o projeto da Neuralink devem sair dentro de uma semana.

Long Neuralink piece coming out on @waitbutwhy in about a week. Difficult to dedicate the time, but existential risk is too high not to.

— Elon Musk (@elonmusk) 28 de março de 2017

A nova empresa se concentrará no desenvolvimento da tecnologia chamada de “laço neural”, que consiste em implantar no cérebro minúsculos eletrodos capazes de baixar pensamentos da mente humana para um computador ou dispositivo eletrônico.

Musk, considerado um visionário do Vale do Silício, acredita que é possível ampliar o poder do cérebro das pessoas, ligando-os diretamente às capacidades da computação. Com isso, os humanos atingiriam uma sofisticada capacidade de cognição.

Em paralelo, Musk se dedica ao projeto de cavar túneis subterrâneos para acabar com o engarrafamento nas cidades. Chamada de “Boring Company”, o pontapé inicial para a empresa foi a abertura de um poço de pelo menos 15 metros de profundidade e 50 metros de largura em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Sonho antigo

Estabelecer contato com o cérebro é um sonho antigo da ciência. Cientistas de um centro de pesquisa na Suíça conseguiram recentemente se comunicar pela primeira vez com pacientes totalmente paralisados.Ele utilizam spectroscopia de infravermelho (NIR) combinada com eletroencefalografia (EEG) para medir a oxigenação sanguínea e a atividade elétrica no cérebro sem afetá-lo diretamente. A técnica utilizada, porém, é diferente da que Musk pretende desenvolver na Neuralink.