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Os sócios Eugen Braun e Samuel Toledo, durante apresentação no programa. O projeto Goleiro de Aluguel conseguiu o aporte de R$ 250 mil. | Divulgação
Os sócios Eugen Braun e Samuel Toledo, durante apresentação no programa. O projeto Goleiro de Aluguel conseguiu o aporte de R$ 250 mil.| Foto: Divulgação

Quando começou com o Goleiro de Aluguel, Samuel Toaldo queria mesmo era resolver o dilema dos curitibanos que sempre adiavam o futebol entre amigos por falta de um goleiro. Ele, que joga no gol desde criança, viu sua ideia – uma plataforma que conecta jogadores dessa posição a quem precise deles – ganhar adesão e se espalhar pelo Brasil inteiro.

O projeto evoluiu bastante e teve conquistas significativas. A mais recente delas foi o aporte recebido no programa de tevê “Shark Tank Brasil: Negociando com Tubarões”. Na atração, empreendedores apresentam seus negócios para grandes investidores, buscando apoio e parcerias. O Goleiro de Aluguel recebeu R$ 250 mil de Carlos Wizard e João Appolinário, por 25% de participação de cada um.

O início

O pontapé inicial dessa história foi dado em janeiro de 2015, quando Toaldo ainda trabalhava com informática. Ele criou uma página no Facebook para divulgar seus serviços de goleiro a R$ 30 por partida. A ideia viralizou e até virou reportagem da Gazeta do Povo. No mês seguinte, outras pessoas que também eram acostumadas a jogar nessa posição se juntaram ao empresário. O serviço migrou da fan page para um site próprio e agora funciona através de um aplicativo.

Dos 14 jogos feitos no primeiro mês, a Goleiro de Aluguel passou a organizar e garantir a realização de 600 partidas mensais. Eugen Braun, que também começou na plataforma como goleiro, se tornou sócio de Toaldo. “Durante esse um ano e meio, fizemos tudo manualmente e com isso deu para sentir bem o fluxo do mercado. O aplicativo veio para escalonar esse serviço e trazer agilidade”, conta Toaldo.

Shark Tank Brasil

No dia 29 de agosto, Toaldo e Braun apresentaram seu negócio para a banca de cinco investidores. Em três minutos, eles contaram a ideia da plataforma e apresentaram índices de crescimento e projeções para 2017. A Goleiro de Aluguel conquistou o empresário Carlos Wizard, sócio-fundador da BR Sports (representante de marcas esportivas), e João Appolinário, fundador da rede de lojas Polishop. Os investidores deram o aporte de R$ 250 mil por 50% da empresa, 25% para cada um.

Para o fundador da empresa, a apresentação exigiu domínio do assunto, concentração e segurança sobre o potencial do negócio. “Foi fundamental trabalhar com isso no início e depois estar próximo das pessoas que precisavam do serviço, porque nós tínhamos todas as soluções e alternativas na ponta da língua”, analisa.

Novos planos

A gravação feita em agosto só foi ao ar em dezembro. Nesse meio tempo, a nova parceria já foi organizada e começa a dar os primeiros passos a partir do ano que vem. Um programa de atração vai reforçar a atuação do negócio nas cidades com mais contratação dos serviços: Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro. “O que eles [os investidores] estão fazendo é muito mais do que aplicar R$ 250 mil. Eles abriram muitas portas e oportunidades, vão acelerar a nossa ideia”, conta Toaldo.

A empresa vai aproveitar o suporte oferecido por Wizard e Appolinário de outras maneiras, através de parcerias com outras marcas. Uma personalidade do esporte será contratada para ser embaixador da marca.

Escola de goleiros

Desde sua fundação, a Goleiros de Aluguel reverte parte de seus rendimentos para ações sociais. Agora, a empresa contratou um coordenador para um projeto em Mali, na África. A Escuela de Porteros vai ser vir de modelo para que o projeto comece a funcionar também em algumas cidades do Brasil. “Em dois anos, conseguimos aumentar em 300% a ajuda que vai para Mali [África]. Conforme o nosso crescimento mais pessoas vão ser beneficiadas”, afirma Toaldo. A empresa também patrocina a Seleção Brasileira Feminina de Futsal dos surdos.

Escalação virtual

Em sua apresentação, Samuel Toaldo contou que, no Brasil, acontecem cerca de um milhão de partidas em quadras de aluguel por mês. E 70% delas não possuem goleiro fixo. Com mais de 6 mil goleiros, a empresa funciona da seguinte maneira:

  • Há três opções de contratação: por uma partida de 60 minutos, cada convocação custa R$ 30; para 90 minutos, R$ 45,00; se o tempo for de 120 minutos, a contratação fica por R$ 60,00.
  • O goleiro fica com 60% do valor de cada partida, depositados em sua conta bancária cadastrada no aplicativo.
  • Do restante do valor, 35% vai para a empresa e 5% para ações sociais.
  • Ao final de cada partida, o cliente avalia o goleiro de acordo com sua pontualidade, técnica e personalidade. A cada mês, os três melhores do ranking são premiados.
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