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Em protesto contra o leilão do campo de Libra na área do pré-sal, que deve acontecer no próximo dia 21, movimentos e sindicatos ligados aos petroleiros fazem protesto e paralisação em todo o país nesta quinta-feira (3). No Paraná e em Santa Catarina, trabalhadores da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, da Usina do Xisto, em São Mateus do Sul, e dos terminais Transpetro de Paranaguá, São Francisco do Sul e Itajaí devem paralisar os trabalhos por 24 horas a partir das 7h30 da manhã de quinta. Além disso, um ato organizado pelo sindicato da categoria, o Sindipetro PR e SC, acontece a partir das 16h30 na Boca Maldita, no Centro de Curitiba.

Segundo o presidente do sindicato, Silvaney Bernardi, a intenção é chamar atenção para o leilão do pré-sal, que seria "um absurdo", de acordo com o entendimento da entidade. "Na nossa leitura é um absurdo o governo se preocupar em fazer caixa agora entregando um campo dessa dimensão. Temos o petróleo, que é de altíssima qualidade, um dos maiores campos do mundo com essa qualidade. E temos a tecnologia da empresa mais capacitada, que é a Petrobras. Esses recursos poderiam construir plataformas, refinar o petróleo aqui", afirma.

O sindicato também se mobiliza contra o projeto de lei 4.330, que regulamenta a terceirização, e aproveita para cobrar a Petrobras de uma proposta para renovação do acordo coletivo de trabalho. Segundo o sindicato, a data-base venceu em 1º de setembro e a Petrobras ainda não apresentou proposta.

Procurada, a Petrobras respondeu, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não tem posicionamento sobre o assunto. Nesta quinta, junto com as manifestações, a Petrobras completa 60 anos.

Leilão

O leilão, previsto para 21 de outubro, é organizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O consórcio que vencer a disputa terá que fazer um pagamento imediato de R$ 15 bilhões e firmar o compromisso de investimento mínimo de R$ 610 milhões nos primeiros quatro anos. A previsão é que Libra esteja produzindo 1 milhão de barris por dia em 2020, metade do que a Petrobras levou 60 anos para obter.

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