Pequenas confeitarias apostam em bolos que seguem receitas caseiras, sem conservantes ou aromatizantes artificiais, para ganhar mercado. O cardápio normalmente inclui bolos de fubá, milho, laranja, limão, maçã, chocolate e cenoura. A intenção é atrair o cliente pelo apreço que eles têm à culinária caseira, que lembra os tempos de criança na casa da vó.
Quando as irmãs Ana Paula, Elizabeth e Luciana Adamowicz colocaram o sonho de adolescente em prática e criaram a Fada Formiga – uma confeitaria artesanal – não imaginaram que o negócio faria sucesso tão rápido, capaz de sustentar a família. Já no primeiro mês de funcionamento, em setembro de 2011, a empresa provou ser autossuficiente financeiramente e de lá para cá só cresce.
GALERIA DE FOTOS: conheça a confeitaria Fada Formiga
São 150 bolos vendidos por mês, em média, e o faturamento anual gira em torno de R$ 210 mil. Todas as irmãs largaram suas carreiras e se dedicam integralmente aos negócios da família, que inclui um ateliê para noivas. A fórmula do carro-chefe, a Fada Formiga, inclui bolos feitos sem conservantes, receita dos Adamowicz.
A instrutora de confeitaria do Senac Curitiba, Sara Helena Sabino, afirma que nos últimos anos aumentou a quantidade de bolos secos na lojas. Ela atribui isso a dois fatores: a busca pelo antigo e a opção por uma alimentação mais saudável. “Muitas mães não querem bolos com muita gordura para os seus filhos. Há também pessoas com intolerância à lactose que buscam receitas mais tradicionais.”
Outro fator que impulsiona as confeitarias tradicionais é o fato de que as pessoas preferem comer bolos mais simples no dia a dia, enquanto as opções decoradas e com recheio são mais comuns em festas, casamentos e aniversários. Para Sara Helena, o ideal é que o empreendedor aposte em bolos secos para atender o cliente da semana e em bolos recheados para ocasiões especiais.
E quem pensa que não é possível inovar mesmo servindo um bolo de banana, por exemplo, está enganado. “Bolo de banana com casca seca, aveia, linhaça, castanhas e nozes é muito saudável e saboroso”, explica Sara Helena. É importante também ter cuidado na apresentação do produto, incluindo cobertura, lascas de frutas e cortes diferenciados para chamar a atenção do consumidor.
Confeitarias de bolos caseiros viram franquias
Confeitarias que apostam em bolos caseiros estão conseguindo expandir seus negócios através do modelo de franchising. A Casa de Bolos foi criada em 2010 na cidade de Ribeirão Preto (SP) por Sônia Maria Napoleão. Hoje, são 193 unidades espalhadas pelo país, sendo três em Curitiba.
A marca só trabalha com bolos caseiros . “O conceito é tentar resgatar aquela experiência da mesa. O cliente vem aqui, compra o bolo e leva para comer com sua família, como era antigamente”, explica Rafael Ramos, sócio da empresa.
Cada unidade vende até 200 bolos por mês e fatura entre R$ 40 mil e R$ 70 mil. O perfil dos franqueados selecionados são famílias que têm intenção de ter um negócio próprio.
A curitibana Casa da Vovó, que vende bolos caseiros desde 2013, também está projetando o seu negócio para ser uma franquia. A ideia é lançar neste ano dois modelos: revenda e loja completa – que incluirá a fabricação dos bolos.
“É um bom modelo de negócio, pois o produto é tradicional e não sai de moda. Sempre vai ter o público que quer bolo caseiro”, afirma Eduardo Silva, sócio da empresa. Outro fator positivo, na visão de Silva, é o fato de ser um produto acessível a todas as classes sociais.
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