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Em média, uma unidade da Dois Corações vende 2.500 salgados por dia, entre eles a tradicional coxinha | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Em média, uma unidade da Dois Corações vende 2.500 salgados por dia, entre eles a tradicional coxinha| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Quando surgiu em 1992, a Dois Corações era um restaurante por quilo e não uma confeitaria. Foi quando a então proprietária Solange Maria Giacomelli, preocupada em conquistar a clientela durante o período da tarde, decidiu apostar em salgados elaborados a partir de uma receita própria. Hoje, 23 anos depois, a marca abre a sétima loja em Curitiba nesta quarta-feira (21) e se prepara para uma expansão no modelo de negócio com a abertura de um centro de produção e distribuição dos produtos no ano que vem.

Hoje, a empresa é tocada por Rafael e Gabriel Moraes, filhos de Solange. São os dois que devem decidir os rumos da Dois Corações daqui para frente. Com o término do novo centro no Hauer, previsto para maio de 2016, a ideia dos empresários é buscar parcerias, seja na forma de franquias ou na distribuição de salgados para outras lojas.

“Ainda estamos definindo qual rumo devemos tomar para não comprometer a qualidade dos nossos produtos, que é o mais importante. Recebemos proposta de franquia todos os dias, mas não adianta crescer se o processo não conseguir garantir a qualidade”, afirma Rafael. O novo centro está projetado para atender a produção e venda de salgados de 20 lojas.

Segundo Gabriel, parcerias para a abertura de lojas e quiosques em shoppings e a expansão da marca para outros estados, como Santa Catarina, não estão descartadas. “Hoje nosso foco está em terminar o centro de distribuição para então decidir qual modelo de negócio devemos optar”, diz, com mistério.

Atualmente, todos os salgados da marca são produzidos numa cozinha localizada na loja da Rua Senador Alencar Guimarães, no Centro. Dali o produto é congelado e distribuído para as outras lojas, onde ocorre a finalização dos assados e fritos para então serem expostos e vendidos. A empresa possui 110 funcionários.

Em média, uma loja Dois Corações vende 2.500 salgados por dia. A coxinha é o carro-chefe e neste ano recebeu o título de melhor da cidade no Prêmio Bom Gourmet, eleita pelo sabor popular. Em segundo lugar na preferência do público da confeitaria, em número de vendas, está o empadão.

Disputa

A Dois Corações enfrenta hoje na Justiça um imbróglio para continuar utilizando sua marca, depois que a fabricante de café Três Corações, de Minas Gerais, entrou com um pedido de nulidade do registro da empresa paranaense no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), alegando estar sendo imitada.

Na semana passada, uma decisão em segunda instância do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, garantiu o direito da Dois Corações adquirir novamente a marca, mas o Inpi recorreu, levando o processo para Brasília.

Segredo da coxinha está no modo de preparo e ingredientes

Segundo o empresário Gabriel Moraes, o segredo da famosa coxinha da Dois Corações está dividido em dois: o primeiro é o modo de preparo e os temperos utilizados e o segundo está na escolha dos insumos para a produção. “Trabalhar com os melhores produtos faz diferença”, reforça.

Já o irmão, Rafael Moraes, conta que o sucesso do salgado está na forma única de montar a coxinha, criada pela mãe. “Tanto a receita quanto o molde do formato, o jeito de colocar o catupiry bem no meio e a casquinha bem fininha foi criado pela minha mãe”, diz.

Segundo ele, concorrentes da marca até tentaram imitar o lanche, mas não tiveram sucesso.

Inauguração

A nova loja da confeitaria Dois Corações, que será inaugurada na quarta-feira (21), está localizada próxima ao Terminal Guadalupe, no Centro.

O endereço é Rua João Negrão, 296, quase esquina com a Rua Pedro Ivo. (TBV)

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