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Depois de quase uma década de empreendedorismo, Mateus Modesto criou a Tomatzo, aos 26 anos de idade | TomatzoDivulgação
Depois de quase uma década de empreendedorismo, Mateus Modesto criou a Tomatzo, aos 26 anos de idade| Foto: TomatzoDivulgação

Com algumas economias guardadas e um pouco de "paitrocínio", aos 18 anos Mateus Modesto comprou sua primeira franquia. A experiência de gerir três negócios diferentes o levou à arriscada decisão de abrir seu próprio fast food, com apenas 26 anos. Tem dado certo. A Tomatzo, que vende "PFs" saudáveis, já tem oito lojas (sendo seis franqueadas) e fatura mais de R$5 milhões ao ano.

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Tudo começou com uma loja de conveniência em um posto de gasolina. Enquanto cursava Comunicação Social, em Brasília, Mateus ia tocando o negócio. Tudo ia bem, quando ele resolveu vender o ponto para criar sua própria loja, em um outro posto.

"Foi um completo fracasso"

Em um ano e meio, a loja não chegou perto do ponto de equilíbrio. Para pagar as contas, foi trabalhar no escritório da família (que presta consultoria justamente para postos de gasolina). Aguentou por seis meses.

Enquanto isso, o dinheiro que Mateus tinha ganhado com a primeira loja de conveniências, aquela da franquia, tinha sido investido em ações. Vamos voltar para ele depois.

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A paciência para ficar enfurnada no escritório familiar esgotou, e Mateus se mandou para a Califórnia. Aos 23 anos, já era um empreendedor com alguma experiência. E foi nos Estados Unidos que ele teve um clique.

"Iogurteria"

O frozen iogurt o negócio do momento, nos Estados Unidos. Se espalhava como pólvora. E, no Brasil, quase não existia. Voltou com a ideia fixa de abrir uma iogurteria.

Por sorte, ele tinha como investir. Aquele dinheiro que tinha ficado parado em ações tinha rendido incrivelmente bem (era o final dos anos 2000, e a Bolsa estava com tudo).

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Abriu duas unidades no Espírito Santo. Neste meio tempo, teve que se virar para criar seus métodos de negócios. Diz ele:

"Pela falta de apoio da franqueadora, eu tive que desenvolver muitas coisas que eles não tinham passado, como manuais. Quando eu vi, boa parte da rede já trablahava com os meus materiais (que eu, como amigo, ia passando."

Mateus estava com 26 anos. Tinha a experiência, os próprios métodos, e o dinheiro, depois de vender as iogurterias por quatro vezes o valor que tinha pagado. Agora sim, era hora do negócio próprio.

Nasce a Tomatzo

A Tomatzo é um fast food de comida saudável. Não confunda com uma daquelas lojas que vende salada de quinoa com açaí. A marca vende "prato feito", comida brasileira preparada de forma saudável. Sem milhões de óleos, aditivos e conservantes.

O insight para a ideia veio do próprio Mateus. Na época da iogurteria, ele almoçava em shopping quase todos os dias.

"Qualquer pessoa que está na praça da alimentação às 14h da tarde, comendo aquele sanduíche de uma marca famosa, se um conhecido bate no ombro e pergunta 'o que é isso', ela já vai se justificando."

A ideia de produzir um sabor caseiro, sem alimentos industrializados, esbarrou na falta de fornecedores. Ninguém que entregava comida nos shoppings topou preparar da forma que a Tomatzo queria.

A rede abriu seu próprio laboratório, e começou a produzir tudo que entrava dentro dos restaurantes. Com o tempo, os fornecedores mudaram de ideia.

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Hoje a Tomatzo tem empresas homologadas para entregar seus produtos no Distrito Federal, onde se concentram todas as lojas, além de Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais, estados em que novas unidades "já estão bem encaminhadas"

A primeira loja foi aberta em 2013. Hoje, a Tomatzo conta com oito unidades (sendo duas próprias e seis franqueadas), todas no DF. No ano passado, o faturamento das unidades, somadas, chegou a R$ 5 milhões.

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Para fortalecer a comunicação com os franqueados (que ele tanto criticou, na época da iogurteria), Mateus chamou o designer gráfico Marcus Vinícios de Oliveira. O sócio entrou "no momento em que vi que não tinha uma comunicação coerente entre a nossa proposta e os que estavam trabalhando na ponta".

Enquanto luta para tornar sua marca nacional, Mateus resume a trajetória como empresário em uma frase, que leu esses tempos:

"Empreender é se jogar de um precipicio e construir um avião durante a queda"

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