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Na foto, o estande do Nit Mantiqueira, ligada ao governo federal que se especializou em fazer próteses para animais de pequeno porte. | Reprodução/Facebook
Na foto, o estande do Nit Mantiqueira, ligada ao governo federal que se especializou em fazer próteses para animais de pequeno porte.| Foto: Reprodução/Facebook

Depois de anos marcado pela informalidade, o setor pet despontou como um nicho promissor de mercado e passou a atrair novos modelos de negócio. Há desde serviços de streaming para animais de estimação até dispositivos de rastreamento monitorados por aplicativos.

As principais novidades tecnológicas para o setor foram apresentadas durante a edição 2016 da Pet South America, feira internacional de produtos e serviços para a linha pet e veterinária. O evento aconteceu na semana passada em São Paulo e reuniu 20 mil visitantes nos três dias de exposição.

Segundo levantamento do IBGE, o Brasil é o segundo maior país do mundo em população de animais de estimação, com 132,4 milhões de pets. São 52,2 milhões de cachorros, 37,9 milhões de aves, 22,1 milhões de gatos, 18 milhões de peixes e 2,21 milhões de outros pequenos animais. Os dados são de 2013, último ano de realização da pesquisa.

Com uma população volumosa, o setor apresenta oportunidades de negócios nos segmentos de alimentação, medicamentos, produtos de higiene e beleza, serviços veterinários e comércio em geral. A previsão da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) é que o setor fature R$ 19,2 bilhões em 2016, um crescimento nominal (sem descontar a inflação) de 6,7% em comparação ao ano anterior.

Confira algumas das principais tendências tecnológicas do mercado pet apresentadas durante a Pet South America:

Impressão 3D

O Nit Mantiqueira, ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), fabrica próteses a partir da impressão 3D para animais de pequeno porte desde o início deste ano.Reprodução/Facebook

Depois de ganhar corpo no Brasil nos últimos anos, o mercado de impressão 3D já é uma realidade também na medicina veterinária. O Nit Mantiqueira, uma organização governamental ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), já desenvolve e fábrica em parceria com instituto associados próteses com tecnologia de impressão 3D para animais de pequeno porte desde o início deste ano.

Durante a Pet South America, o instituto apresentou os casos da arara Gigi e da labradora Hanna. A ave foi a primeira do mundo a receber uma prótese metálica impressa em 3D. Ela foi encontrada na cidade da Praia Grande, em São Paulo, com o bico machucado e sem conseguir se alimentar. No início deste ano, recebeu a prótese metálica impressa em 3D e já voltou a se alimentar normalmente.

Já a labradora Hanna tinha uma fratura no dente incisivo que dificultava a sua alimentação. Os pesquisadores do CTI Renato Archer, ligado ao Nit Mantiqueira, desenvolveram um dente e imprimiram a prótese usando tecnologia 3D. O animal já passou pela cirurgia e está voltando a se alimentar sem dificuldades.

Marketplaces

Robert Dannenberg é o CEO e fundador da Pet Booking, ferramenta agendamento de serviços para pets, como banho e tosa, que funciona 24 horas.Divulgação

O mercado pet começa a ganhar seus primeiros marketplaces para agendamento em pet shops e clínicas veterinárias. É o caso do Pet Booking, empresa com escritórios em Curitiba e São Paulo, que está no mercado desde julho e já tem 60 estabelecimentos ativos.

A ideia surgiu quando Robert Dannenberg precisava viajar e queria reservar para o dia seguinte um banho para seus dois gatos e cachorro. Ele ligou para vários estabelecimentos, mas, como já era de noite, nenhum estava aberto para marcar o serviço. “A partir daí surgiu a ideia de ter o Pet Booking, que é uma ferramenta de agendamento que funciona 24 horas”, explica.

A plataforma está disponível em Curitiba e São Paulo e o consumidor final faz o agendamento e pagamento do serviço tudo on-line. O cliente também pode avaliar os serviços disponíveis. Não há nenhuma cobrança do consumidor. Já os estabelecimentos credenciados no site pagam R$ 2,99 por transação efetuada no marketplace.

Netflix

Na foto, os sócios da Marq Systems, startup de SP que cirou a EasyTV e a EasyPet. Daniel Roselfeld, Tiago Albino (ao meio) e Luciana Schavacini.Rafael Arbex/Divulgação

Depois de fazer uma pesquisa com diversas famílias e constatar que as pessoas deixam a televisão ou o rádio ligado quando saem para trabalhar para que seus animais não se sintam sozinhos, a startup marQ Systems resolveu criar um Netflix para os pets. Chamada de EasyTV, a plataforma é um canal on-line para cães e gatos com programação 24 horas que estimula a alimentação, a atividade física e o relaxamento dos animais.

“A programação da TV aberta e do rádio é, muitas vezes, inadequada, porque tem barulhos de gritos, tiros e discussões”, explica Tiago Albino, um dos sócios da startup. “Criamos uma programação exclusiva, com imagens e sons adequados aos pets”, diz. Ele afirma que o canal funciona como uma forma de entretenimento para quando o animal fica sozinho em casa, principalmente dentro de apartamentos.

O aplicativo foi lançado em junho deste ano e já tem 3 mil assinantes. A meta é chegar até 10 mil no fim do ano. Assim como o Netflix, para ter acesso ao canal é preciso pagar uma assinatura mensal.

Além da EasyTV, a Pet Channel também oferece um canal de assinatura voltado ao universo animal. A empresa desenvolveu uma programação voltada para falar de saúde, esporte, moda, alimentação, comportamento e raças, que atende tanto o interesse dos animais quanto dos donos.

Rastreador

Uma preocupação comum entre os donos de animais é que o seu pet se perca. Para diminuir os riscos de isso acontecer, startups trouxeram para o país o serviço de rastreamento para pets.

Diferente dos chips que são implantados no corpo do animal, os rastreadores são dispositivos acoplados na coleira de cachorros e gatos. O dispositivo contém chip de celular, bateria e tecnologia de gps que permite que o dono do animal monitore cada passo do seu pet via aplicativo.

Apesar de não prevenir o roubo, o dispositivo possibilita a criação de cercas de proteção. Cada vez que o animal sai dessa cerca de proteção, uma mensagem é enviada para o proprietário.

Fábio Schmidt, sócio fundador da Pet Cel Brasil, afirma que a ferramenta é útil para donos que deixam seus animais sobre o cuidado de terceiros e também para monitorar a atividade física. “E mesmo em caso de sequestro,é possível saber a localização em que o animal foi abordado”, diz Schmidt.

A empresa vai lançar o dispositivo no mercado em outubro, pelo valor de R$ 500 mais mensalidade de R$ 19,90. Outra empresa que possui o serviço de rastreamento e que já está operando no mercado é easyPet, da marQ Systems. A empresa investiu R$ 2 milhões para o desenvolvimento da tecnologia.

*A jornalista viajou a convite da Pet South America

Rastreador

Uma preocupação comum entre os donos de animais é que o seu pet se perca. Para diminuir os riscos de isso acontecer, startups trouxeram para o país o serviço de rastreamento para pets.

Diferente dos chips que são implantados no corpo do animal, os rastreadores são dispositivos acoplados na coleira de cachorros e gatos. O dispositivo contém chip de celular, bateria e tecnologia de gps que permite que o dono do animal monitore cada passo do seu pet via aplicativo.

Apesar de não prevenir o roubo, o dispositivo possibilita a criação de cercas de proteção. Cada vez que o animal sai dessa cerca de proteção, uma mensagem é enviada para o proprietário.

Fábio Schmidt, sócio fundador da Pet Cel Brasil, afirma que a ferramenta é útil para donos que deixam seus animais sobre o cuidado de terceiros e também para monitorar a atividade física. “E mesmo em caso de sequestro,é possível saber a localização em que o animal foi abordado”, diz Schmidt.

A empresa vai lançar o dispositivo no mercado em outubro, pelo valor de R$ 500 mais mensalidade de R$ 19,90. Outra empresa que possui o serviço de rastreamento e que já está operando no mercado é easyPet, da marQ Systems. A empresa investiu R$ 2 milhões para o desenvolvimento da tecnologia.

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