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A Recco foi fundada em Maringá há 37 anos pelo casal Antonio Fernandes e Mirian Recco | Divulgação/Recco
A Recco foi fundada em Maringá há 37 anos pelo casal Antonio Fernandes e Mirian Recco| Foto: Divulgação/Recco

Uma lingerie biodegradável que se desintegra em até três anos depois de descartada em aterro sanitário. Essa é a aposta da Recco, empresa paranaense de moda íntima que lançou no ano passado uma linha de produtos usando fibra de poliamida, a mais nova tecnologia disponível para o setor têxtil.

Os fios de poliamida são fabricados pela Rhodia, indústria de São Paulo pioneira na produção de tecidos inteligentes e sustentáveis. Segundo a empresa, foram três anos de pesquisa até conseguir chegar ao modelo. A decomposição do produto acontece em até três anos, a partir do momento que a peça perde o contato com o oxigênio, ou seja, quando é depositada em um aterro. Em média, outras fibras usadas na confecção de roupas demoram 20 anos para concluírem o processo de decomposição.

Depois de conhecer o produto, a Recco decidiu usar essa matéria-prima na linha chamada Soul Eco, que inclui camisolas, calcinhas e caftan, uma espécie de túnica com gola em “V”. “A Recco adora inovação e tem preocupação grande com a sustentabilidade”, diz Betulla Vicentino, gerente de treinamento e eventos da empresa.

A empresa paranaense compra o tecido biodegradável e confecciona as peças em sua fábrica, em Maringá. O local tem 11 mil metros quadrados e emprega 720 pessoas, responsáveis por dar o acabamento às peças íntimas mais delicadas.

Segundo Betulla, o tecido biodegradável não encarece o valor das peças. Ela explica que o preço do fio sai um pouco mais caro da indústria, mas equipe de criação da Recco reduz alguns detalhes das roupas íntimas, como bolsos ou pedrarias, para não precisar repassar o custo ao consumidor.

Trajetória

A Recco foi fundada em Maringá há 37 anos pelo casal Antonio Fernandes e Mirian Recco. Eles começaram a empresa nos fundos da casa fabricando peças íntimas e tinham apenas três funcionários. Com o tempo, a pequena indústria cresceu e hoje fabrica em média 100 mil peças por mês.

A empresa também conta com 23 lojas próprias e 18 unidades credenciadas espalhadas pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Os produtos também são revendidos para lojas multimarcas e exportados para todos os continentes.

Proteção contra o Aedes Aegypti

Além da linha de roupas íntimas biodegradáveis, a Recco lançou neste mês peças para bebês que possuem citronela em sua composição. A planta funciona como um repelente de insetos e começou a ser usada em roupas após a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. As peças podem ser lavadas até 30 vezes sem perder a eficácia.

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